Medalha Chico Mendes

O Grupo Tortura Nunca Mais – RJ (GTNM-RJ) há 20 anos premia com a Medalha Chico Mendes de Resistência os principais militantes, instituições, movimentos sociais que, de certo modo, atuam e pautam suas discussões na área dos direitos humanos. Nomes como Che Guevara, Frei Betto e Mães de Acari já receberam esse mérito. A solenidade, que está em sua XX edição, ocorre sempre em 1º de abril para lembrar à sociedade o que foi o golpe militar de 1964 e seus inúmeros efeitos que se fazem sentir ainda hoje - sobretudo a exploração imperialista das corporações multinacionais, que são apoiadas editorialmente pelo oligopólio que controla a mídia no Brasil. Este ano há uma premiação particularmente importante, a do Centro de Mídia Independente. O reconhecimento do trabalho exercido na área da comunicação alternativa é fundamental na disputa por uma sociedade livre da opressão neoliberal.

Corumbiara: A história esquecida

Documentário de 15 minutos( dividido em duas partes) realizado para a Fundação Chico Mendes. Camponeses sobreviventes narram como foram obrigados pela polícia militar a comer os miolos dos companheiros mortos, outros narram que foram obrigados a beber sangue e uma garota conta que viu os policiais cortarem a cabeça de um lavrador com motoserra.

Massacre de Corumbiara - parte 1
Massacre de Corumbiara - parte 2

MÍDIA BAIANA

Na hora do almoço muito cuidado ao ligar sua televisão. O risco de sofrer uma indigestão audiovisual é grande. Depois do troca-troca de emissoras realizado pelos pseudo-apresentadores baianos, a qualidade, que já era das piores, desapareceu. O Cardápio é o seguinte: no prato principal temos Casemira e Zé Bim no canal 4, fazendo uma dupla de opostos no "Que Venha o Povo"; e no 5 degustamos a falta de sentido de Varelão com o "Balanço Geral e Zé Eduardo com o “Se liga Bocão”, fazendo o mesmo programa, um na seqüência do outro. De quebra, para sobremesa, temos a bisparada dominando outros três canais e o BAHIA Meio-dia que, sem Casemira, perdeu toda a graça.

A luta pela audiência do fim da manhã e, em conseqüência, pelos anunciantes é desumana. Explorando a miséria alheia os âncoras dos programêtes de meio-dia interpretam o papel de salvadores da pátria, de justiceiros, protetores de uma população desamparada e miserável. No entanto, qualquer pessoa esclarecida sabe que o que ocorre em programas de TV sensacionalistas é a alquimia de transformar miséria em audiência.

Imagine o que seria dos programêtes sem presos sendo humilhados por repórteres (a casa caiu/o fumo entrou), sem pessoas esperneando histéricas por uma guia de isopor, sem doentes implorando por medicamentos? Desgraça gera dinheiro. E isso tanto a velharia quanto a meninada já aprendeu.

Acreditar nesses programas é como acreditar que Luciano Huck faz os quadros do Caldeirão para ajudar as pessoas.

Zé Eduardo, que de inicio estava se saindo bem na TV ARATU com uma estética trash divertida, assumiu uma postura fascista na RECORD onde solta refrões como “vou largar o aço (dar tiro)!”, acompanhado pelo som de uma metralhadora e “Lapêia aqui!”, exibindo notas de cinqüenta reis ao estilo Silvio Santos no “Topa Tudo por Dinheiro”.

Varelão abriu espaço para Bocão. Depois de muito lucrar e alcançar popularidade com o programa, ele vai tentar ampliar o negócio na prefeitura da cidade. Já Casemiro viu que o mercado da miséria é promissor e decidiu investir também. Abandonou as noticias robóticas do Bahia Meio-Dia para soltar a franga no canal 4.

A grande vitima desses programas é a população carente, o povão, os supostos protegidos. Manipulados ao bel prazer pelos apresentadores, como fantoches indefesos, são vitimas de interesses inescrupulosos e de um humor escroto e sádico. O pior é que a grande maioria da população, iludida pelo poder televisivo e abandonada pelos governantes, vê nesses apresentadores (interpretes) uma possibilidade de mudança. Uma grande ilusão televisiva, pois a única coisa que as emissoras e seus apresentadores querem é PODER.


ANTES DO ALMOÇO DESLIGUE A TV.


Daniel Lisboa

Homofobia e Sociedade

A sociedade brasileira é fortemente homofóbica e para constatarmos tal fato basta vermos estatísticas recentes. Uma pesquisa realizada com cinco mil professores do ensino fundamental e médio revelou que 59,7% deles acham inadmissível que uma pessoa possa vir a ter experiências homossexuais e que 21% deles disseram que não gostariam de ter um gay ou uma lésbica como vizinhos. Quantos aos alunos, 25% responderam que não gostariam de ter um colega de classe homossexual ou bissexual.

A violência é institucional. Não existem leis federais que criminalizem a homofobia, permitindo que atos contra Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, continuem ocorrendo, norteados por uma cultura intolerante de uns, e pelos fundamentalismos de outros.

O fato é que por mais que falemos de declaração universal de direitos humanos, princípios de Yogyagarta, tratados e protocolos internacionais a violência contra a margem têm sido política estrutural e consciente do sistema que governa nosso planeta. Os mesmos princípios que criam trabalhadores escravos, mulheres vítimas de violência doméstica, racismo explicito, trabalho infantil e fome no mundo também são responsáveis por algo além do analfabeto político.

É preciso entender, de uma vez por todas que a discriminação e a violência não são erros ou atos impensados, são eixos estruturantes de um projeto social, que consegue conceber direitos, mas para poucos. Os poucos que vivem no centro, que não são atingidos pela miséria, pelas crises e pela violência. Alexandre não vive no "centro". As travestis assassinadas tampouco.

Assim como milhares de mulheres, operários, negros, estudantes e deficientes físicos. Nossas relações são marcadas pela opressão, de classe social, gênero, raça e orientação sexual. Enquanto não entendermos isso não haverá avanço, apenas retrocesso. O governo brasileiro deu um primeiro passo nesse sentido, criando o Programa Brasil Sem Homofobia, que tem servido de modelo para diversos outros programas estaduais e municipais que vão no mesmo sentido.

Infelizmente, para acabar com a homofobia será necessário mais que a criação de Centros de Referência. É preciso coragem para ver que a estrada não termina aí e vai muito além do se que vê; que o problema não está na madeira da porta, mas no alicerce da casa.

Desconstruimos esse modelo de sociedade, tensionando cada vez mais a luta de classes, ou seremos apenas um hiato, que não poderá fazer nada além do que uma carta de boas intenções. É preciso, urgente, definir quem cabe no nosso "todos", como diz nosso colega Beto de Jesus. O TODO NÃO PODE SER POUCOS!



FONTE: http://nossacarasp.blogspot.com/2008/02/aps-atos-violentos-o-movimento-glbtt-da.html

Conferência debate sexualidade e direitos iguais


Camaçari realiza na próxima quarta-feira (05/03), na Cidade do Saber Professor Raymundo Pinheiro, a 1ª Conferência Territorial dos Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBTT). A ação tem o objetivo de discutir políticas públicas e direitos humanos para os segmentos. O evento, que reúne municípios da região metropolitana, será aberto às 8h, com presença do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.

Haverá ainda palestra com especialistas e discussões específicas em grupos de trabalho. Na atividade, serão eleitos os delegados para a conferência estadual. De acordo com um dos organizadores da etapa territorial, Paulo Paixão, gerente da Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas), as duas principais bandeiras hoje dos GLBTTs são respeito e direitos humanos.“Os homossexuais querem ser tratados e reconhecidos como portadores de direitos”.

GERÊNCIA

A Prefeitura de Camaçari dispõe, desde outubro do ano passado, de uma gerência de proteção à livre orientação sexual. O objetivo do núcleo é inserir os GLBTTs nos programas sociais do Município. Para tanto, realiza acolhimento, abordagem e atendimento aos segmentos. Estima-se que, de acordo com o cadastro do Grupo Gay de Camaçari, o Município possua mais de 1.200 homossexuais assumidos.

Jornada de Lutas pela educação: Edson Luís, presente!

Nos marcos dos 40 anos do assassinato do estudante Edson Luis, várias entidades do movimento social convocaram para o mês de março uma Jornada de Lutas pela educação. Esta é uma grande oportunidade para UNE e o movimento estudantil apresentar à sociedade as bandeiras que defendemos para a universidade brasileira.

Uma pauta ofensiva que sistematize o conjunto de reivindicações e formulações do movimento de educação em defesa de uma Universidade Democrática e Popular.

O tempo da conciliação com a mercantilização da educação tem que acabar! É também tarefa desta jornada de lutas articular uma plataforma de fortalecimento da Universidade Pública, que localize o seu papel na sociedade e enfrente pautas importantes como acesso e permanência, financiamento, reforma pedagógica e curricular, democracia e regulamentação do ensino privado.

Trata-se de articular uma política que se contraponha a atual hegemonia do privado sobre o publico na Universidade Brasileira, manifestada tanto na expansão de matrículas e instituições pagas quanto nas tentativas de desnacionalização do ensino superior e de privatização interna da universidade pública, tão bem representada pela atuação das fundações privadas "ditas" de apoio.

Além disso, devemos reafirmar a luta pela derrubada dos vetos ao Plano Nacional de Educação, que prevê entre outras questões, a ampliação das verbas para a educação brasileira. E para elevarmos para pelo menos 7% do PIB o investimento em educação, devemos também lutar por mudanças na condução da política econômica do governo federal, ainda fortemente influenciada pelo receituário conservador.

A luta por mudanças estruturais para a universidade brasileira se insere num programa maior de reformas democráticas e populares. Um programa que tem pautas fundamentais como a reforma urbana, a reforma agrária, a reforma da educação, a democratização da comunicação social, a reforma política, a reforma do sistema financeiro e a reforma do Estado.

Esse programa de reformas democráticas e populares deve impulsionar campanhas de massas que envolvam amplamente os movimentos sociais e os setores populares. Essas campanhas são fundamentais para superarmos a postura defensiva que por vezes pautou a ação da UNE e de outros movimentos sociais no último período. Também por isso, defendemos como fundamental a articulação dos setores que defendem a unidade (e não a divisão) do movimento social contra o neoliberalismo, motivo pelo qual espaços como a Coordenação dos Movimentos Sociais e o Fórum Nacional em defesa da Escola Pública devem ser valorizados.

É com essa disposição que devemos, estudantes e trabalhadores, enfrentar nos próximos dias os setores conservadores do país, que tentam a todo custo impor seus interesses em detrimento dos direitos da maioria da sociedade. Enfrentamento esse que se dará também em São Paulo, no próximo dia 26, quando os movimentos sociais sairão às ruas contra a privatização da CESP, conduzida pelo governo Serra.

Também ocuparemos no dia 28 de março as ruas do Rio de Janeiro, e de tantas outras cidades e universidades do país, em memória ao assassinato do estudante Edson Luís pela ditadura militar em 1968, num momento em que a repressão tirava não só a vida de um estudante, mas também tentava calar a voz de toda uma geração. Quarenta anos depois, outros tantos jovens e estudantes continuam empunhando muitas daquelas bandeiras de ontem, como a defesa de uma Universidade Democrática e Popular e a luta por uma América Latina Livre e o início de uma nova época na história do Brasil.

Edson Luis, Presente!

Conferência da Juventude começa nesta sexta, 28

A primeira Conferência de Juventude da Bahia, começa nesta sexta (28/03) e vai até domingo (30/03), na Escola Parque, em Salvador. Durante a sua preparação foram mobilizados, através da campanha Jovem Gera Ação, mais de 12 mil jovens do interior do estado, que participaram de plenárias que aconteceram nos 26 territórios de identidade da Bahia.
A UJS estará presente defendendo os interesses da juventudade e suas bandeiras de luta histórica.
(27/3) - Conferência da Juventude começa nesta sexta, 28

Entrevista: Daniele Costa, secretária estadual de Juventude do PCdoB e diretora de Jovens Mulheres da União da Juventude Socialista (UJS), fala sobre a importância do evento e a participação UJS na sua concepção.
Clique aqui e ouça a entrevista na Rádio Vermelho Bahia

Movimento social fará protesto no aniversário de Salvador

Entidades do movimento popular prometem sair às ruas na tarde desta sexta-feira, (28/03), para marcar o aniversário de 459 anos de Salvador. Um bolo de 30 metros foi encomendado para o ato, marcado para as 15h, na Praça da Piedade, no Centro. O protesto bem humorado tem o objetivo de chamar a atenção para as desigualdades sociais da cidade, onde grande parte da população não tem acesso a condições dignas de moradia e saúde.
O ato antecipa o aniversário de Salvador que é dia 29 de março, sábado. Trabalhadores, aposentados, estudantes e sem-teto são os convidados para a festa-protesto. Segundo Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) seção Bahia CTB-Bahia, a data servirá para demonstrar que os soteropolitanos reivindicam qualidade de vida para todos, e que ''é inadmissível o poder público tratar tão bem os turistas e esquecer os seus filhos e filhas. Um exemplo disso é a falta de obras nas encostas da cidade, a ausência de saneamento básico em bairros periféricos, transporte de qualidade, saúde básica e preventiva.''

A manifestação servirá também para denunciar as conseqüências maléficas que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) trará para a cidade e as irregularidades cometidas na Câmara de Vereadores para a sua aprovação. ''Nos últimos anos a expansão imobiliária passou a ser a pior ameaça que a cidade já sofreu. As áreas à borda da Baia de Todos os Santos estão sendo ocupadas por construções de grandes torres e prédios para um público de altíssimo poder de consumo. O que nos espanta, e repudiamos, é a conivência da Prefeitura a esses projetos, num ato de traição aos anseios das camadas populares da bela e desigual Salvador'', concluiu Adilson.

FONTE: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34913

Tarifa congelada em Salvador

Após mobilização de estudantes contra possível reajuste, prefeito garantiu preço do transporte coletivo até fim do ano.
Estudantes aproveitaram ontem uma mobilização nacional pelo ensino para protestar contra um possível aumento na tarifa de ônibus e solicitar ao prefeito João Henrique a concessão do passe-livre. Após a dispersão dos manifestantes, em entrevista coletiva à imprensa, o prefeito assegurou: “Não vai ter nenhum aumento de tarifa, pelo menos até o final do meu mandato, em dezembro de 2008”. Os manifestantes bloquearam as ruas do centro, causando um engarrafamento de mais de 3km.

O congelamento do valor da tarifa em R$2 está previsto no Decreto de Reajustes nº 17.127/19.01.2007, assinado com o consentimento das empresas e do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps). João Henrique afirmou que, desde que assumiu o cargo em 2004, só houve dois reajustes tarifários. A manifestação antecipada dos estudantes foi baseada em “boatos” de um possível reajuste, como afirmou o presidente da União da Juventude Socialista (UJS), Juremar de Oliveira. Mas, na dúvida da veracidade, eles preferiram dar logo o recado ao prefeito, emendou.

O sucesso no congelamento de preço, segundo o prefeito, se deu pela redução de impostos, diminuição no valor do combustível, eliminação das fraudes, fiscalização da gratuidade e as tarifas diferenciadas. “O estudante paga 25% do valor da tarifa”, informou. Quanto ao passe-livre, João Henrique garantiu ser impossível implantar uma política do tipo. “Essa medida agride o princípio constitucional da isonomia, devido às restrições, porque seria apenas para alunos de escola pública, fardado, de segunda a sexta”, explicou.

Educação deficiente - Enquanto os manifestantes baianos se concentravam no aumento tarifário do transporte coletivo, nos estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, a educação era o foco principal da Jornada de Luta. De acordo com a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, o objetivo é buscar melhorias para os ensinos fundamental e médio, o que possibilitaria o ingresso do aluno de escola pública nas universidades. Eles solicitam a expansão da universidade pública e maior assistência aos universitários.

Segundo Stumpf, dos estudantes que se matriculam nas universidades federais, 60% deles abandonam a instituição ao longo do curso. Por isso, solicitam a expansão do ensino superior com mais investimentos para disponibilizar moradia, auxílio-transporte e restaurante universitário para os alunos. “Pedimos R$200 milhões para o Ministério da Educação para implantar essas políticas em todo o país”.

O diretor da Associação Baiana dos Estudantes Secundaristas (Abes), Farli Santos, conta que, este ano, 420 mil jovens não puderam se matricular nas escolas estaduais baianas por falta de vagas. “Trinta escolas foram fechadas, dessas 15 só em Salvador”, denuncia. O déficit de professores também é um problema constante para os estudantes, o que segundo ele, chega a 3.800 profissionais.

Além da educação básica e eleição direta para o diretor dos colégios estaduais, o presidente da UJS, Juremar de Oliveira, explica que a categoria exige assistência estudantil de qualidade nas universidades públicas. “Queremos que 12% do orçamento das estaduais seja utilizado com assistência”, afirma. Ele acrescentou ainda que o presidente Lula encaminhou ao Congresso Federal, há dois anos, um projeto que prevê que 14% do orçamento seja destinado à assistência estudantil.

Estudantes protestam no Centro de Salvador


Centenas de estudantes realizaram uma grande marcha pelas ruas do Centro de Salvador, na manhã desta quarta-feira (26/03). O ato faz parte da jornada de lutas organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) com o tema "Educação de verdade: mais verbas, democracia e qualidade". A passeata seguiu do Campo Grande até a Praça Municipal, onde foi encerrada com um ato político.


Os manifestantes usaram faixas, cartazes, carro de som e até um mini-trio elétrico para reivindicar a ampliação das ações afirmativas nas universidades públicas, maior facilidade no acesso ao ensino superior, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e o aumento de recursos para assistência estudantil. “É necessário que se garanta a permanência do aluno carente nas universidades, com bolsas-auxílio, restaurantes e residências estudantis”, afirma o presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Jéferson Conceição.

O protesto incluiu ainda pautas locais como a eleição de diretor nas escolas estaduais, passe livre no transporte coletivo e o repúdio ao aumento da passagem de ônibus em Salvador e Região Metropolitana. Para o diretor da Associação Baiana de Estudantes Secundaristas (ABES), Farli Santos, “ é importante ir para as ruas levantar as bandeiras do movimento estudantil, para que a sociedade e o governo tomem conhecimento de nossas reivindicações e as coloquem em prática em todo o país.”

Apoio do movimento social

A manifestação contou com a adesão de diversas entidades do movimento social. A seção Bahia da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), a União da Juventude Socialista (UJS), a União dos Negros pela Igualdade (Unegro) e a União Brasileira das Mulheres (UBM) marcaram presença na caminhada.

Homenagem à Edson Luís

A marcha também prestou homenagem ao estudante secundarista Edson Luís, estudante assassinado no dia 28 de março de 1968, na época da ditadura militar, durante confronto entre estudantes e a polícia no restaurante Calabouço, no centro do Rio de Janeiro. A morte marcou o início de um ano turbulento de intensas mobilizações contra a ditadura militar que endureceu até decretar o AI5.

A Jornada de Lutas é realizada pela UNE e a UBES entre os dias 24 a 28 de março em todas as capitais do país, através de uma série de manifestações em defesa da educação de qualidade para todos. O tema deste ano é "Educação de verdade: mais verbas, democracia e qualidade". A jornada também vai discutir a Reforma Tributária, considerada importante por afetar diretamente o destino dos recursos da União.



FONTE: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34834

Transporte Universitário pode ter novas regras

O transporte universitário, que há quase 10 anos é concedido gratuitamente pela Prefeitura Municipal de Camaçari, pode ganhar novas regras. Segundo o diretor de transporte público, Dilvani Gomes, está em processo de elaboração um projeto de lei para regulamentar o serviço que prevê critérios semelhantes aos da Bolsa Universitária.
Hoje, para ser usuário basta comprovar a matrícula em uma instituição de ensino, ter residência fixa e título de eleitor de Camaçari. Caso o projeto de lei seja aprovado, além disso, o candidato será selecionado através das notas obtidas durante o ensino médio ou por sorteio.

Os estudantes universitários e as entidades do movimento social prometem não permitir a instauração de mais um meio de exclusão do acesso ao conhecimento.

Diretores da União dos Estudantes da Bahia (UEB) tomaram posse (18/03), em Salvador

Nesta terça (18), acontecereu no plenário da Câmara Municipal de Salvador, às 18h, a posse da nova diretoria da União Estadual dos Estudantes da Bahia (UEB).

O evento contarou com a presença do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Naomar de Almeida Filho, da candidata a prefeitura de Salvador, Olívia Santana, do presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Wagner Gomes, além de representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do MST (Movimento dos Sem Terra).

O deputado estadual Bira Coroa também marcou presença. A cerimônia de posse contou ainda com representantes de Diretórios Centrais e Acadêmicos. O ex-presidente da UNE e deputado estadual Javier Alfaia também participaram.

A nova diretoria será composta por Jéferson Assunção, presidente da UEB; Ricardo Oliveira, vice-presidente; Arivaldo Costa, 1º vice-presidente; Daniel Ângelo, tesoureiro-geral; Diego Fraga, 1º tesoureiro; Raul Tavares, secretário-geral; Ana Carolina, diretora de política educacional; Juce Santana, diretora de comunicação; Aline Morais, diretora de cultura; Núbia Pereira, vice-presidente do litoral norte/recôncavo; Hellade Guimarães, vice-presidente regional sul; Garrincha, vice-presidente região oeste; Denis, diretor de universidades particulares; Flavio Franco, diretor de universidades públicas.
FONTE: www.une.org.br

Wagner recebe presidente da UNE para discutir Bienal de Arte e Cultura

O governador Jacques Wagner recebeu no dia 17/03, na sede da Governadoria, uma comissão formada integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) - entre eles Lúcia Stumpf, presidente nacional da instituição – e da União Estudantes da Bahia (UEB) e da Associação Bahiana dos Estudantes Secundaristas (ABES). O objetivo do encontro foi discutir a viabilidade da realização, em Salvador, da Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE.

Além do encontro com o governador, os integrantes da direção da UNE que visitaram Salvador também fizeram um tour pela capital baiana a fim de conhecer locais que podem vir a recepcionar o evento, como praças e teatros. A Bienal da UNE está programada para acontecer no final de janeiro de 2009 e deve reunir cerca de 20 mil estudantes de todo o país. A cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, também está sendo colocado pelos organizadores do evento como uma das possíveis sede. No dia 27 de março, membros da UNE se encontrarão com o governador mineiro Aécio Neves para debater a questão.

Para Lúcia Stumpf, a reunião com Jacques Wagner foi muito positiva e o governador se mostrou disposto a apoiar os estudantes. “O governador demonstrou que conhece e respeita bastante o movimento estudantil, e deixou isso claro quando falou da sua própria trajetória, que começou no movimento”, afirmou Lúcia. Wagner se comprometeu a formar um grupo de trabalho composto por representantes de quatro secretarias estaduais (Relações Institucionais Cultura, Turismo e Educação) e membros da UNE e da UEB para aprofundar o debate e iniciar o planejamento. A instalação oficial do grupo de trabalho se dará durante a 1° Conferência Estadual da Juventude, que acontece no final de março.

A UNE espera que o governo do estado contribua para a realização do evento, que este ano estará carregado de um simbolismo histórico. “Esse evento será especial porque vai acontecer num período em que se completarão dez anos desde a primeira Bienal, além de trinta anos da reconstrução da UNE, ambos fatos importantes que aconteceram aqui em Salvador”, destaca Lúcia. A UNE deve anunciar a sua decisão sobre a cidade que sediará a sua Bienal de Arte, Ciência e Cultura depois da primeira semana de abril, quando acontece a próxima reunião da diretoria da entidade.

Conferência reúne jovens de Salvador e Região Metropolitana

Mais de 400 jovens de Salvador e Região Metropolitana participaram da Conferência Territorial, ocorrida no domingo (16/03), em Lauro de Freitas. No evento foram debatidas questões relacionadas aos principais problemas dos jovens nesta região do estado, sugeridas políticas públicas para a juventude e eleitos os delegados e delegadas para a Conferência Estadual das Juventude que acontece nos dias 28 a 30 de março.


A Conferência elegeu ainda um delegado para a 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas para a Juventude, que acontece de 27 a 30 de abril, em Brasília.O escolhido foi o presidente da União da Juventude Socialista (UJS) na Bahia, Juremar Oliveira. Para ele, “as conferências territoriais têm conseguido reunir representantes de diversos segmentos da sociedade. Esta, por exemplo, contou com a presença de estudantes secundaristas, universitários e jovens pescadores de Salinas das Margaridas. Todos puderam contribuir para as proposições de políticas públicas”, concluiu.

A Conferência é um espaço privilegiado, no qual os jovens podem debater conjuntamente os problemas de cada região e as formas de enfrentamento dos mesmos. Funciona também como propulsor para organização de movimentos de juventude nas diversas regiões do Estado e ponto de partida para a construção de políticas públicas que reflitam de fato as necessidades dos jovens.

Plenária da UJS

A União da Juventude Socialista (UJS) em Salvador realizou uma plenária no último sábado (15/03), no Colégio Senhor do Bonfim, nos Barris. No encontro, foi aprovado o Congresso Municipal para os dias 3 e 4 de maio e discutido os rumos da entidade para 2008. Ficaram definidas ainda a meta de filiar dois mil jovens até o maio, uma agenda de debates em escolas, universidades e nos bairros, além da realização de assembléias em todos os locais onde a UJS está organizada.

Os jovens socialistas discutiram também a tese nacional da UJS, que tem como principais pontos o reforço do combate ao imperialismo norte americano, a defesa da soberania dos povos e o fortalecimento dos governos democráticos, especialmente na América Latina, além da intensificação das lutas de cunho democrático e popular no Brasil.

O documento aponta ainda que a UJS precisa divulgar mais o socialismo, combater as idéias individualistas, preconceituosos, “esquerdalóides” e despolitizantes. Para isso, a UJS precisa se consolidar como entidade de massa, defensora do socialismo e com o objetivo de transformar o Brasil em uma sociedade justa e igualitária. Na busca deste objetivo, será investido na consolidação das direções municipais, nos núcleos em escolas e universidades, além da diversificação das frentes de atuação para o movimento comunitário, anti-racismo, de gênero, hip-hop, entre outros.


FONTE: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34404

CARTOON: Ronaldo para o "Jornal do Commercio" (PE)


LEVANTE A SUA BANDEIRA

Chegou a hora da juventude baiana debater suas necessidades e juntos pensar em alternativas para se construir um novo estado. Estudantes, trabalhadores, artistas, esportistas, irão levantar suas bandeiras na 1ª Conferência Estadual de Juventude que ocorre 28, 29 e 30/03 / Salvador. A primeira edição da conferência foi lançada em setembro de 2007, com o tema "Levante sua Bandeira".

Três pautas serão debatidas durante o processo: Democracia, Participação e Desenvolvimento Nacional, Parâmetros e Diretrizes da Política Nacional de Juventude e Desafios e Prioridades para as Políticas Públicas de Juventude.
No momento da inscrição, os participantes optam por um dos 12 grupos temáticos: família, educação, trabalho, cultura, drogadição, meio ambiente, sexualidade, participação política e liberdade democrática, esporte e lazer, diversidade, mídia e cidades e territórios.
Etapas:
Ela ocorre por etapas, primeiro reuniões em escolas e universidades, depois todo mundo se encontra na etapa municipal, territorial e estadual.
Estas fases são as chamadas "Pré-Conferências" que resultarão na 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas para a Juventude, que acontecerá de 27 a 30 de abril de 2008.
Adaptação: Portal da Manu: www.eaibeleza.com.br

Iª Conferência de Juventude: Uma Vitória dos Movimentos Sociais

Somos quase três milhões de jovens no terceiro maior estado do país e sentimos na pele diariamente todos problemas que a Bahia vive. Não é espantoso observar que dentre todos os indicadores sociais que se possa analisar, a juventude é sempre a mais atingida em todos eles.

Na Região Metropolitana de Salvador destacam-se os enormes índices de desemprego que na população total atinge 22,3% (PED/SEI, fev.2007). Além do desemprego, outra preocupação que tira o sono da galera é o descaso com a educação pública que, nas últimas décadas, foi completamente abandonada à própria sorte e com a implementação da "promoção automática" (onde todo mundo passa, mesmo sem saber nada) resultou em grandes índices de analfabetismo juvenil, distorções idade/série, evasão por falta de condições de permanência, analfabetismo funcional, ausência de bibliotecas, laboratórios de ciência e informática nas escolas, falta de condições de trabalho para os professores, falta de democracia nas escolas, dentre outros problemas.


Outra grande preocupação da juventude baiana é com os grandes índices de violência que tem na juventude o seu principal alvo. Em Salvador, causas externas produziram 7749 óbitos entre 1997 e 2001, numa média de 1550 por ano e mais de 4 por dia, sendo que 50% destas foram resultantes de homicídios.
Não podemos nos calar diante destes números! Parece até que está institucionalizado um "modus operandi" das polícias e grupos de extermínio que insiste em enxergar nos jovens de 15-29 anos, em sua maioria negros, moradores de bairros populares e sem antecedentes criminais os alvos preferenciais para sua execução sumária. Isto tem que acabar!!!


Por tudo o que foi dito acima, nós da União da Juventude Socialista (UJS) – organização que há 23 anos atua em defesa do socialismo e do Brasil pensamos ser as Políticas Públicas de Juventude parte imprescindível da luta pela garantia dos direitos da juventude e pela construção de uma sociedade mais justa. Nesse sentido, constitui uma vitória significativa dos movimentos sociais a realização, nos dias 25 e 26 de janeiro deste ano, da Iª Conferência Municipal de Políticas Públicas para Juventude.

Espaço de reflexão, debate e proposições a Conferência aglutinou um grande número de jovens que provaram entender a importância de serem os protagonistas das mudanças, assim como a necessidade de acabar com o estigma de que a juventude é um problema, mostrando que o presente se faz com participação política e organização coletiva.


Não somos um problema, somos parte da solução e exigimos ser ouvidos! A UJS – União da Juventude Socialista teve participação destacada na Conferência, pois muitas das suas bandeiras de lutas foram propostas pelos membros da organização e aprovadas em plenário. Além, de participar da organização da Conferência e muitos dos mediadores dos grupos de trabalhos serem filiados a UJS.

Fiquem atentos para as próximas etapas da Conferência de Juventude:


Etapa territorial que vai reunir Salvador e Região Metropolitana: 16/03 (domingo) / Local: Lauro de Freitas


Etapa estadual: 28, 29 e 30/03 / Salvador.

TODOS Á LUTA!!

CARTOON: TRANSPORTE PÚBLICO


POESIA: Vamos decidir nos penaltis

Vamos decidir nos penaltis
O analfabetismo
A falta de energia
A votação do senado
Os rumos da nação
E tudo que empata

Vamos decidir nos pênaltis
As armas do embate
O pleito eleitoral
As jogadas do futebol.

Vamos privatizar os sonhos
Banir de vez nossas paixões
Exorcizar os demônios
Num grito de liberdade
E não de gol.


Sílvio Valentin Liorbano

Fidel diz que Estados Unidos têm "sede de sangue"

O líder cubano Fidel Castro afirmou que os governantes dos Estados Unidos andam pelo mundo ameaçando a todos com sua força brutal porque têm "sede de sangue". As afirmações foram feitas em mais um artigo publicado na imprensa oficial da ilha nesta segunda-feira (17).

"Os chefes e funcionários imperialistas trabalham febrilmente ameaçando a todos com sua força brutal, mas o império é insustentável e não desiste. Tem sede de sangue. É preciso denunciar isso ferozmente!", escreveu Fidel.

"O fato é que Bush e seu grupo estão encurralados pelos erros de política externa como Nixon quando ele renunciou em 1974", disse.

"A sangrenta Guerra do Iraque e rejeição da população dos Estados Unidos, o preço em vidas humanas, o número elevadíssimo de feridos e mutilados para cada morto na aventura bélica, mostram uma situação cheia de contradições", afirmou no artigo. "A lista é interminável. É, em essência, uma contradição entre a vida e a morte", enfatizou o líder cubano.

Mais críticas

Na semana passada, Fidel, atacou o governo dos Estados Unidos pelo "esforço" que realiza para impedir o acesso de Cuba à internet. As críticas foram feitas em artigo dedicado aos jovens cubanos e publicado pela imprensa.

"Hoje, o maior esforço do decadente e insustentável império é privar-nos do direito de conhecer e pensar", destacou Castro.

O jornal "Juventud Rebelde", em denúncia divulgada recentemente, assegurou que o Departamento de Controle de Bens Estrangeiros --ligado ao Departamento do Tesouro americano-- bloqueia a transmissão para Cuba de "3.719 domínios ponto com" sem a mínima notificação a seus donos.

Cinco anos depois, situação no Iraque "é desesperadora", diz relatório

Em uma situação "desesperadora", milhões de iraquianos vivem sem acesso a água tratada, saneamento básico ou atendimento à saúde, cinco anos após a invasão americana de 2003, afirmam nesta segunda-feira dois relatórios divulgados por organizações internacionais.

Segundo a Cruz Vermelha, que descreveu a situação humanitária no Iraque como "uma das mais críticas do mundo", famílias iraquianas gastam até um terço de sua receita mensal de pouco mais de R$ 250 apenas para comprar água limpa.


Dois em cada três iraquianos não têm acesso a água potável, completou um segundo relatório divulgado pela Anistia Internacional.

De acordo com a Anistia, cerca de oito milhões de iraquianos --quase um terço da população de 27 milhões de habitantes --precisam de ajuda humanitária para viver.

Os relatórios são divulgados na semana em que se completam cinco anos da invasão do Iraque, na madrugada de 19 para 20 de março de 2003.

"Para as pessoas que precisam de água limpa, que precisam de acesso à saúde, a situação está pior do que nunca. Foram décadas de guerras e sanções, o que significa que não houve investimentos suficientes no sistema de saúde e em saneamento", disse à BBC o porta-voz da Cruz Vermelha em Washington Michael Khambatta.

Ainda de acordo com a Cruz Vermelha, hospitais iraquianos se ressentem da falta de profissionais e medicamentos, e oferecem apenas 30 mil leitos, menos da metade dos 80 mil necessários.

"Direitos humanos"

O relatório da Cruz Vermelha é complementado por outro, da Anistia Internacional, que avalia como "desesperadora" a situação humanitária no país em guerra.

"Milhares de pessoas foram mortas ou incapacitadas, e comunidades que antes viviam em harmonia foram precipitadas para o conflito aberto. Para muitas mulheres, agora sob risco de ataque por militantes religiosos, as condições até deterioraram em comparação com o período de Saddam Hussein", disse o relatório.

De acordo com o relatório, mesmo na relativamente tranqüila região do Curdistão, no norte do Iraque, a melhoria econômica não foi acompanhada de mais respeito pelos direitos humanos.
"Prisões arbitrárias, detenções e torturas continuam a ser registradas mesmo nas províncias do Curdistão", afirmou o diretor da Anistia Internacional para Oriente Médio e África, Malcolm Smart.

"O governo de Saddam Hussein era sinônimo de abuso de direitos humanos, mas sua substituição não representou nenhum alívio para o povo iraquiano."

Segundo o relatório, o número de mortos desde o início do conflito permanece incerto. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estimou que até junho de 2006 as mortes chegavam até 150 mil. Naquele ano, 35 mil pessoas morreram, afirmou a Anistia, citando a ONU.

Apesar disso, os Estados Unidos afirmam que a segurança no Iraque está melhorando.As taxas de violência têm caído em até 60% desde junho do ano passado --embora o próprio comandante das tropas americanas no país, general David Petraeus, ressalte a volatilidade da situação.

Maria da Penha é indenizada após 7 anos de luta no CE

Maria da Penha Fernandes, de 63 anos, cuja luta contra a violência doméstica resultou na criação da chamada Lei Maria da Penha, que pune com mais rigidez os agressores de mulheres e fornece instrumentos para ajudar a coibir esse tipo de violência, vai receber, após sete anos de batalha judicial, uma indenização de R$ 60 mil do Governo do Ceará.

Maria da Penha sobreviveu a agressões e a duas tentativas de homicídio, em seis anos, por parte do ex-marido Marco Antônio Heredia Viveros, mas ficou paraplégica.Segundo informações da assessoria pública geral da Defensoria Pública do Ceará, o governo enviou um projeto de lei para a Assembléia Legislativa e, na próxima semana, o projeto irá a plenário.
Assim que for aprovado, Maria da Penha vai receber os R$ 60 mil como indenização por danos físicos e emocionais sofridos.Em 2001, a cearense conseguiu uma vitória na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que determinou que o Estado do Ceará pagasse uma indenização de US$ 20 mil por não ter punido judicialmente o ex-marido.
Após postergar o pagamento, o Estado decidiu finalmente pagá-la, em valores corrigidos. De acordo com a assessoria da Defensoria Pública do Ceará, "faltou um pouco de vontade política, além de muita burocracia, para se resolver com rapidez o pagamento da indenização".

Parlamentar e especialistas saúdam aprovação da TV pública

Daniel Almeida rebateu os argumentos de que a TV Brasil seria a 'TV do Lula'. ''Não tem consistência as acusações da oposição conservadora. A aprovação da TV pública é um avanço, é o início de um caminho a ser construído de uma TV com programação autônoma de governos, com participação nas decisões dos diversos segmentos sociais, que tenha um percentual de programação regional e outros itens da Carta de Brasília, aprovada por várias entidades'', defendeu o deputado.

''A mídia conservadora quer mandar''

O diretor geral da RTVE/Bahia, o cineasta Pola Ribeiro, considera a atitude do governo federal de encaminhar a criação da TV pública para votação na Câmara Federal e no Senado uma 'generosidade política'. ''São duas estruturas físicas de TV do Governo Federal (Radiobrás e a RTVE/Rio de Janeiro) que deixam de ser controladas pelo governo.
A mídia conservadora fala em 'TV do Lula', porque ela quer mandar na televisão. Essas televisões (Radiobrás e RTVE/Rio) estavam totalmente sob controle do governo federal e o que se faz é tentar transformar essas televisões em públicas. Geridas por um conselho que tem a maioria da sociedade, produção independente e regionalizada'', declarou.

Pola Ribeiro também defende que TV pública ainda está em construção e deve ter como base os princípios da Carta de Brasília. ''Vamos buscar dar visibilidade a este Brasil invisível, dar voz as organizações sociais e a população brasileira que não têm participado da discussão sobre televisão. A TV está presente na casa de 95% das pessoas, mas elas não têm ainda a idéia de que estão sendo chamadas a discutir''.

Para Ribeiro o debate sobre a comunicação de certa forma foi se restringindo para a TV pública, mas ao mesmo tempo criou subsídios para a realização de uma Cnferência Nacional de Comunicação.

O professor Jonicael Cedraz, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC-BA) considerou que o resultado da votação pode ter a dimensão histórica de mudança dos rumos do rádio e televisão estatal para uma radiodifusão, que sem deixar de ser estatal, pratique sua real natureza pública.
''Antes tarde do que nunca. O governo Lula começa a acertar os pontos com a maioria da sociedade brasileira ao propor que o Legislativo aprove e a sociedade partilhe de um modelo público de comunicação que, além da prática da livre produção social de conteúdos, permite que os brasileiros se construam como cidadãos e cidadãs'', defende Cedraz.

Protesto de estudantes contra o aumento da tarifa do transporte chama a atenção da população de Camaçari

Uma grande manifestação tomou conta das ruas de Camaçari nessa quinta-feira, 13 de maio, quando centenas de estudantes de diversos Colégios protestaram contra o aumento de aproximadamente 10% no valor da tarifa de ônibus interurbano autorizado pela AGERBA.


A medida prejudica a população que depende do sistema público de transporte para trabalhar e estudar.


Ocupação da Rodoviária


O ponto alto da manifestação foi a ocupação da Rodoviária de Camaçari, quando os estudantes impediram a absurda cobrança da taxa de embarque, no valor de R$ 0,40. Durante aproximadamente uma hora e meia, o portão de acesso ao terminal de ônibus interurbano foi aberto pelos manifestantes, que tiveram que enfrentar a truculência de funcionários da SINART, empresa que administra a Rodoviária. A ação foi aplaudida pela população.


Ditadura nas Escolas


No entanto, parece que a direção do Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães e do CETEB, ambas escolas estaduais, não entenderam que o povo baiano derrotou a arrogância dos adeptos a um modelo antidemocrático de gestão nas últimas eleições, e utilizou de todos os mecanismos possíveis para impedir a saída dos estudantes que queriam participar da manifestação, chegando inclusive a trancar os portões dessas Escolas, em um claro desrespeito ao direito de livre manifestação assegurado na Constituição Federal.


No caso do Colégio Modelo, foi preciso acionar a Polícia Militar para impedir que a diretora continuasse a manter os estudantes em cárcere privado. Ainda assim, dezenas desafiaram o autoritarismo digno dos tempos do carlismo e participaram do ato.


Próximos passos


Outras mobilizações estão sendo preparadas, e provavelmente na próxima semana a cidade de Camaçari vai assistir a mais uma grande passeata, que promete ser ainda maior, reforçando o movimento que exige a redução da tarifa no transporte público, além de cobrar o direito ao meio passe metropolitano para estudantes, fim da taxa de embarque na Rodoviária e melhoria na qualidade no transporte público.O ato foi encerrado por volta das 13h00, quando os estudantes fizeram um círculo no saguão da Rodoviária e cantaram o Hino Nacional.

Cooperativa: Poesia

Poetas de Camaçari estão realizando reuniões a fim de montar uma cooperativa. Um dos projetos é publicar um livro com poemas de autores locais. Maiores informações podem ser obtidas com a Secult pelo telefone (71) 3621-4437.

Amanhã, 14 de março, comemora-se o Dia Nacional da Poesia. A data é a mesma do nascimento do grande poeta baiano, Castro Alves, no ano de 1847.

No dicionário, poesia significa o conjunto de obras em versos, escritas em uma determinada língua ou próprias de uma determinada época, de uma corrente literária. Mas há quem encontre uma definição mais simples. “Poesia é a expressão da alma, é um desabafo”, diz a poetisa camaçariense, Mônica Homem. Mas o que teria a poesia de tão importante para ter um dia destinado a ela? Douglas Costa, morador de Camaçari e poeta desde criança, afirma saber a resposta. “Porque a poesia é o olhar que você tem sobre a vida, é encontrar o amanhecer ou entardecer no litoral... quem tem olhar poético sabe enxergar os detalhes”, diz, poetizando.

Autora do livro “Madrigal – Sonho de Sonhos”, a camaçariense Roseane Leitão fala sobre a importância da data. “É uma oportunidade que a gente tem de se reunir para recitar e valorizar nosso trabalho”, diz. Para a leitora assídua do gênero, Ana Carolina Souza, 17 anos, o 14 de março deve ser celebrado. “Queria muito ter o dom de escrever e expressar meus sentimentos em versos.

Toda vez que leio um poema, me encontro nem que seja em uma estrofe, é inexplicável, a poesia é tudo e seu dia é mais que merecido, temos que comemorar”, diz. Em Camaçari, não foi divulgada nenhuma programação para celebrar a data. Segundo informações da Secretaria de Cultura, os eventos promovidos pelo órgão já abrangem todas as artes e a Semana Internacional de Cultura deste ano deve contar com um espaço para recital.

Estudantes realizam ato durante a visita de Condoleezza Rice à Salvador

Depois de realizar manifestação em Brasília, a UNE promove nesta sexta-feira (13), em Salvador, um protesto contra a política de guerra dos Estados Unidos e a visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, ao Brasil, que de acordo com a entidade, representa a violência estadunidense.

Cerca de 700 estudantes se reunirão em frente ao Centro de Convenções de Salvador, às 12 horas e prometem queimar bandeiras dos EUA, representando a discordância da juventude brasileira em relação à política de guerra e violência promovida pelo governo estadunidense.
O objetivo do protesto é que Condoleezza volte para os EUA tendo a ciência de que ela, assim como o presidente norte-americano George Bush, é persona non grata no País.

A secretária de Estado chega na noite desta quinta-feira à capital baiana e participa de jantar com o governador do Estado Jaques Wagner e empresários.

A principal pauta do encontro é o estímulo ao turismo étnico - desde o ano passado, o governo baiano e o Ministério do Turismo elaboram um plano para atrair turistas afrodescendentes norte-americanos à Salvador e à região do recôncavo, as áreas que mais concentram a população negra no Brasil. Também deve ser discutida a captação de investimentos norte-americanos aos setores agrícola e industrial do Estado.

Cuba libera venda de computadores e DVDs

O governo de Cuba autorizou a venda irrestrita de computadores, aparelhos de DVDs e outros produtos eletrônicos, no primeiro sinal de que o presidente Raúl Castro está agindo para liberar o acesso de bens de consumo aos cubanos.

- Baseado na melhora do acesso à eletricidade, o governo aprovou a venda de alguns equipamentos que antes era proibida - informou um memorando interno do governo, ao qual a Reuters teve acesso hoje.

Estavam listados computadores, aparelhos de vídeo e DVD, e TVs de 19 e 24 polegadas, panela de pressão elétrica, panela de arroz, alarmes de carro, microondas e bicicletas elétricas - que antes os cubanos não eram autorizados a comprar.

UNE E UBES: JORNADA DE LUTAS

A UNE e a UBES realizam entre os dias 24 a 28 de março uma série de manifestações em defesa da educação. Trata-se da Jornada de Lutas 2008 que acontecerá em todas as capitais do País, mobilizando estudantes sob o mote: "Educação de verdade: mais verbas, democracia e qualidade".
De acordo com o diretor da UBES, Thiago Mayworn, o Brasil vive um momento em que a educação se coloca na pauta em todos os espaços de decisão política, o que possibilita as grandes mudanças na educação. "Por isso o movimento estudantil deve mais uma vez protagonizar esse debate e levar os jovens às ruas para garantir a construção da Nova Escola".
As entidades definiram algumas ações fundamentais para a Jornada de Lutas. De acordo com a diretora de comunicação da UNE, Luana Bonone, a orientação é para que as entidades estaduais promovam suas plenárias. Ela adiantou que em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Jornada já tem datas definidas. A etapa paulista está marcada para 26 de março e a fluminense para o dia 28.
"É essencial que aconteçam debates nas universidades convocando os estudantes a participar da Jornada e garantir uma educação de qualidade para todos, com mais verbas para pesquisas e extensão, além da manutenção de programas como o Reuni e o Fundeb", enfatiza a diretora.



Além da defesa da educação, a Jornada também vai discutir a Reforma Tributária, como informou Luana. "Esse debate é importante porque afeta diretamente o destino dos recursos da União. É um instrumento que nos possibilita saber onde o dinheiro está sendo investido e porque faltam verbas para setores como a educação".


Thiago lembrou ainda que 2008 é o ano em que se completa 40 anos da morte do estudante secundarista Edson Luis, um mártir na luta contra a ditadura militar. "Durante a Jornada também faremos homenagens a esse estudante que é um ícone da força da juventude".


OAB quer inquérito sobre Araguaia


O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, encaminhou, ontem, em nome do Conselho Federal da entidade, representação ao presidente do Superior Tribunal Militar, brigadeiro Flávio de Oliveira Lencastre, a fim de que seja instaurado inquérito policial militar para investigar e julgar a responsabilidade de militares supostamente envolvidos na destruição e extravio de documentos oficiais referentes à chamada Guerrilha do Araguaia.


A base da representação é o artigo 321 do Código Penal Militar, segundo o qual é crime "extraviar livro oficial, ou qualquer outro documento, de que tem (o militar) a guarda em razão do cargo, sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente". A pena é de reclusão de dois a seis anos de reclusão.


Segundo o presidente da OAB, o episódio da destruição de documentos referentes à guerrilha não está coberto pela Lei de Anistia, de 1979. Em 2003, o governo criou uma comissão interministerial para identificar os desaparecidos no Araguaia, mas a comissão concluiu que a documentação teria sido inutilizada ou extraviada. Assim, o crime militar teria sido consumado depois da entrada em vigor da Lei 6.683/79, que concedeu anistia "a todos quantos, no período compreendido entre 2/9/1961 e 15/8/79, cometeram crimes políticos", mas também aos agentes políticos e militares da repressão.


Confiança


Na representação, Cezar Britto diz ter "confiança nas melhores tradições da Corte (STM)", que "não deve ficar inerte, por suas atribuições constitucionais e legais", na investigação, "com determinação e rigor, da infração prevista no Código Penal Militar". A decisão de recorrer ao STM foi tomada pelo Conselho Federal da OAB, no mês passado, por unanimidade, por proposta do jurista Fábio Konder Comparato, que defendeu "o direito da cidadania brasileira ao conhecimento de sua história, da qual a Guerrilha do Araguaia é considerada um capítulo significativo".


O relator da proposta na entidade foi o conselheiro pelo Rio de Janeiro Nélio Machado, que foi advogado de presos políticos durante a ditadura. Segundo ele, a representação é "fundamental para o resgate de fatos importantes na história do País e para que não fiquem impunes os responsáveis pela destruição dos documentos importantes sobre o que aconteceu na guerrilha". A OAB entende que o STM é competente para apreciar a representação

Professores do estado param na sexta-feira

Os professores da rede estadual decidiram paralisar as atividades na próxima sexta-feira (14), em adesão ao movimento nacional.

A categoria se reuniu em assembléia hoje pela manhã, quando tomaram a decisão. Os professores discutiram a qualidade de ensino, eleições diretas para gestores, além da campanha salarial deste ano. Em Camaçari, muitas escolas estão sem aula por falta de professores.

Tanto a qualidade do ensino, quanto as eleições diretas para diretor são bandeiras de luta da UJS (União da Juventude Socialista), da ABES e UBES.

AGENDA CULTURAL

SEMANA DO TEATRO PORTUGUÊS – TEATRO CIDADE DO SABER (TCS)

Companhia de Teatro de Braga (Portugal)

Elenco: Carlos Feio, Jaime Soares, Rogério Biane, Rui Madeira, Solange Sá e Tereza Chaves.

1. O quê: AUTO DA BARCA DO INFERNO
2. Quando: Sábado, 15.03, às 20h

3. O quê: DOROTÉIA.
4. Quando: Domingo, 16.03, às 19h.

5. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) – à venda no TCS, a partir de sexta-feira (14), das 14h às 18h. Nos dias de apresentação, às vendas vão até o início do espetáculo.

* Censura de ambos os espetáculos: 12 anos

Informações: Tel:(71) 3644-2777
E-mail teatrocidadedosaber@cidadedosaber.com.br

AGERBA autoriza aumento no transporte interurbano e estudantes prometem reagir

Desde o último sábado, 8 de março, quem quiser utilizar o sistema de transporte público na Região Metropolitana de Salvador vai pagar mais caro. O reajuste na tarifa de ônibus chega a aproximadamente 10%, inferior ao aumento do salário mínimo, por exemplo. O preço da passagem de Camaçari para a Estação da Lapa, em Salvador, que antes custava R$ 2,85, passou a valer entre R$ 3,20 e R$ 3,65, sem contar com a tarifa de embarque de R$ 0,40 cobrada na Rodoviária de Camaçari.

Para muitos isso pode não ser muito, mas para a grande maioria dos usuários esse suado dinheiro vai fazer muita falta.Uma pessoa que tem que vir de Salvador para Camaçari todos os dias chega a gastar algo em torno de R$ 210,00 todo mês. É bom lembrar que a renda média do brasileiro não passa dos R$ 500,00.

Mobilizações estão sendo preparadas

Organizações como a UJS, UMESC, UNE, UBES, ABES e UEB prometem realizar nessa quinta-feira, dia 13, uma grande manifestação que deve envolver centenas de estudantes de Camaçari. A passeata, que sairá de diversas Escolas do município, deve ter sua concentração na Rodoviária por volta das 9h30, onde os estudantes pretendem fazer uma ocupação pacífica para protestar contra o aumento. Na oportunidade, também serão lembradas reivindicações antigas, como o direito ao meio passe intermetropolitano para estudantes.

Fonte:
www.caiobotelho.blogspot.com

Liberdade de imprensa ou liberdade de empresa?

Manchete de página na Folha de S.Paulo:
“Mulheres sem terra invadem estatal e dois engenhos em Pernambuco”.

Manchetes diárias na Folha de S.Paulo:
“Estados Unidos realizam incursão no Iraque”.

Entenderam a diferença entre liberdade de imprensa e liberdade de empresa? Nunca foi tão clara.

Quando um grupo de deserdados brasileiros ocupa uma área é taxado de invasor.

Quando um país atravessa metade do mundo para invadir, destruir e assassinar mais de um milhão de seres humanos, ele não realiza invasão, mas incursão.

E há ainda quem acredite em liberdade de imprensa...

fonte: http://blogdobourdoukan.blogspot.com/

Educação não é mercadoria!

O recente fato noticiado na mídia de que uma criança de 8 anos foi aprovada no vestibular de uma das grandes universidades particulares do Brasil chama atenção de todos que acompanham o debate educacional e que se preocupam com os rumos do nosso Ensino Superior. O que mais choca é que, em que pese o fato seja chocante e emblemático, está longe de ser o único.

Não se trata de indagar sobre a capacidade intelectual da criança, mas sim o tratamento massificado e sem critérios pedagógicos despendido aos estudantes das instituições particulares, vistos apenas e tão somente como consumidores.
Há anos a UNE vem pautando a problemática do ensino superior privado e denunciando inúmeras irregularidades e processos indiscriminados de expansão, sem nenhum aporte ou projeto educacional por parte das grandes instituições: verdadeiros tubarões do ensino. Como ação política, realizamos campanhas pela regulamentação do ensino privado todos os anos junto aos estudantes destas instituições e apresentamos um projeto de lei (PL) para regulamentar o reajuste de mensalidades em todo o ensino privado, a fim de impedir abusos (o projeto é conhecido como PL da UNE).

Questionamos: como foi aceita a matrícula de um aluno que sequer concluiu o Ensino Médio (EM)? Não chegaram a averiguar? Ou simplesmente ignoraram as normatizações do MEC de exigir o certificado de conclusão do EM? Qualquer que seja a resposta, revela o mesmo problema: aquele estudante foi visto apenas como mais uma soma em dinheiro a entrar no caixa da universidade — e nos deparamos de maneira imediata com a mercantilização degradante do ensino superior no nosso país.

Este processo de expansão ocorreu em grande medida pela estagnação da oferta de vagas e sucateamento das universidades públicas ocorridos na década de 90. Paripasso, houve uma expansão desenfreada do ensino superior privado, sem levar em consideração, entretanto, a qualidade do ensino, que deve estar indissociado da pesquisa e extensão na universidade. A realidade atual do ensino superior privado brasileiro, em geral, está muito aquém do que necessitam os estudantes para se formar enquanto cidadãos e agentes transformadores críticos. Ao contrário, o que se vê é um ensino de baixa qualidade, infra-estruturas precárias (há instituições com mais de 150 pessoas em sala de aula!), a inexistência de uma política de assistência estudantil, além das já citadas ausências de pesquisa e extensão — tudo isso somando-se a mensalidades abusivas sem nenhuma regulamentação por parte dos órgãos competentes.

Mais ainda, esse formato de ensino superior — que prevê educação como mercadoria, um serviço comercializado, em detrimento do Direito Constitucional que ela de fato é — não atende às necessidades de um projeto de desenvolvimento nacional com autonomia e soberania, o qual, sem grandes pesquisadores, é simplesmente inviável. Por isso mesmo, o ensino superior no Brasil vem sendo vendido como mercadoria, inclusive para grandes empresas internacionais.

Por isso, faz-se imprescindível a reforma educacional no nosso país!

Por mais verbas para o ensino público!

Pela imediata regulamentação do Ensino Privado! Aprovação do PL da UNE

Educação não é mercadoria! Limitação do capital estrangeiro nas universidades

Lúcia Stumpf
Presidente da União Nacional dos Estudantes

UNE realiza Conferências Livres da Juventude


Durante o mês de março a UNE realizará em conjunto com as Calouradas, Conferências Livres de Juventude em todo o país. A iniciativa, aprovada na última reunião de diretoria da entidade, realizada nos dia 23 e 24 de janeiro, tem o objetivo de mobilizar pelo menos 60 mil estudantes em universidades de norte a sul do país.


Baixe o material sobre as Conferências Livres de Juventude da UNE (folheto explicativo
frente e verso)


Desses encontros, que acontecem paralelamente as conferências municipais e estaduais de juventude, sairão propostas para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas aos jovens, que serão incorporadas às soluções pensadas nas demais etapas preparatórias e enviadas para a 1ª Conferência Nacional de Juventude, que acontece entre os dias 27 a 30 de abril, em Brasília.


De acordo com o diretor da UNE, André Tokarski, o objetivo é fomentar o debate sobre os temas que circundam a juventude, com enfoque na realidade de cada universidade, para que todos possam dar sua contribuição para a etapa nacional.


Como participar


A juventude poderá participar das conferências municipais, estaduais e livres. Este será o momento de discutir sobre a situação dos jovens na região. Ao final, os debates serão resumidos em sete desafios e 21 propostas de soluções.


Estes encontros também são importantes pois vão eleger os delegados que irão levar as contribuições para a etapa nacional, que acontece em Brasília. Nos encontros municipais serão escolhidos dois representantes naquelas cidades com algum órgão público voltado para a juventude, como secretarias, departamentos, assessorias ou conselhos. Já os encontros estaduais vão eleger dentro de um limite de vagas definido a partir da proporção da população de cada Unidade da Federação.


Encontro nacional


Todas as propostas apresentadas pelos jovens nas etapas preparatórias serão enviadas ao encontro nacional. Nele, essas contribuições serão debatidas pelos 2 mil delegados eleitos nas etapas municipais e estaduais e na Consulta Nacional aos Povos e Comunidades Tradicionais. O resultado final será uma agenda de prioridades para o poder público, em especial o governo federal e o Congresso Nacional.


Confira a lista de universidades que receberão as Conferências Livres de Juventude realizadas pela UNE na BAHIA


- Universidade Federal da Bahia (UFBA)

- Universidade Católica do Salvador (UCSAL)

- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB – CRUZ DAS ALMAS)

- Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC – ILHÉUS)

- Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB – VITÓRIA)

Feminismo e diversidade

O tema por si só é instigante e exige que antes reflitamos sobre o feminismo. De que conceito(s) de feminismo(s) estamos falando? De quais espaços do feminismo estamos falando? Falo do espaço que represento, da União Brasileira de Mulheres. E começo relembrando a célebre afirmação de Simone de Beauvoir, e que foi e sempre será marcante para todas nós mulheres feministas: “não se nasce mulher, se faz mulher”. Ao que nós feministas marxistas acrescentamos, faz-se mulher em um determinado tempo histórico, em um tipo de sociedade determinada por formas de relações entre as classes, incluindo aí também raça/etnia, gênero, geração e orientação sexual. Ou seja, fazer-se mulher em cada tipo e período de realização de um sistema social ganha conotações particulares, ganha cores e matizes próprias e diversas.

Classe e gênero na atualidade! Não caberia referir apenas a relações sociais de classe e de sexo/gênero, o que pode implicar um viés marxista estruturalista, de reconhecimento de autonomias, admitindo que classe e sexo/gênero ocorreriam em paralelo. Tampouco referir-se a relações de sexo/gênero segundo as classes, o que poderia escorregar para uma perspectiva marxista funcionalista, passando o conceito de classe a definir tudo. A proposta é discutir relações sociais de gênero em sociedade de classes nas condições objetivas de hoje e levar em conta que estas relações são dinâmicas e vivas e sofrem mudanças da sociedade e de seu tempo.

Aí reside o grande desafio – quais condições objetivas? E de quais mulheres em quais condições objetivas? E os homens? Pois estamos falando das relações entre os gêneros e como elas se expressam. Portanto, voltamos ao ponto inicial – de que feminismo(s) estamos falando? De que projeto(s) político(s) feminista(s)? Esta é a primeira diversidade posta.

Para pensar este projeto então, partimos da seguinte reflexão: a antropóloga feminista Gayle Rubin (1975) assim inicia sua discussão sobre o que é gênero: “Certa vez Marx perguntou: “ O que é um escravo negro? Um homem da raça negra. Esta explicação é tão boa quanto outra: um negro é um negro. Ele se torna escravo somente em certas relações.”

Mary Castro parafraseando diz: “ O que é uma mulher subordinada? Uma fêmea da espécie humana. Esta explicação é tão boa quanto uma mulher é uma mulher. Ela se torna doméstica, esposa, objeto, prostituta, etc., somente em certas relações.” O que queremos chamar atenção é para: 1) sexo não é uma simples variável demográfica, biológica ou natural, mas traz em si toda uma carga cultural e ideológica; 2) não se pode compreender o específico da identidade feminina, sua posição na sociedade, valorização ou desvalorização do trabalho, divisões sexuais do trabalho, casamento, família, exercício da sexualidade e do erótico, etc., e o componente humano, sem análises comparativas e relacionais (mulheres X mulheres; mulheres X homens e homens X homens), já que ambos são construtos desta sociedade e se relacionam entre si; 3) o gênero se realiza culturalmente por ideologias específicas em cada momento histórico e tais formas estão associadas a apropriações político-econômicas do cultural, que se dão em lugares e períodos determinados.

A noção de historicidade, como base de todas as relações e valores sociais constitui-se como fundamental para pensar projeto(s) político(s) do(s) feminino(s).

O conceito de gênero passou e passa cada vez mais a ser incorporado ao pensamento feminista. Na verdade, mais do que isto passa a ser incorporado em várias dimensões da realidade – em pesquisas, análises e políticas públicas. A abordagem de gênero como importante ferramenta para pensar a desconstrução da identidades fixas, isto é, os caminhos através dos quais os gêneros são culturalmente construídos em seus contextos e significados. E pensar tudo de forma relacional. Do público ao privado. Do coletivo ao particular.

Pensar a diversidade das mulheres: negras, índias, jovens, da terceira idade, deficientes, rurais, urbanas. Pensar a diversidade dos lugares: donas de casa, trabalhadoras, estudantes. Pensar a diversidade dos espaços do ser/estar: solteiras, casadas, heterossexuais, homossexuais.

De quais mulheres estamos falando? Para quais mulheres estamos falando? Com quais mulheres queremos dialogar? De que projeto estamos falando? De qual sociedade estamos falando? Voltamos ao ponto de partida, viajamos em círculos?? Não, voltamos ao ponto de partida sempre, para refletir, mas voltamos mais plenas, somando experiências, individuais e coletivas, rompendo amarras e preconceitos, vencendo tabus e obstáculos, superando o tempo, construindo novas certezas, abrindo novas portas, incluindo sangue novo, vidas novas, ampliando horizontes, construindo novas perspectivas, novos caminhos.

Não há manuais prontos sobre este ou tal e qual feminismo! O feminismo é um processo em aberto, é uma construção inacabada, carente de debate(s), sempre. Requer criatividade, requer resgate da radicalidade, requer repensar e inclusão. Requer despir de verdades prontas e acabadas. Requer debate de idéias. Requer superar conceitos e pré-conceitos. Requer humildade. Requer emoção e paixão.

Marxismo e feminismo não são antagônicos como buscaram ecoar pelos cantos e pelos movimentos. Há que se resgatar a importância do marxismo para a reflexão teórica da importância de se romper as amarras das mulheres para a sua verdadeira emancipação. A grande contribuição do marxismo para a luta feminista e a emancipação das mulheres é a desnaturalização da opressão de gênero, da subalternidade das mulheres nas relações de gênero no campo biológico. O que permite pensar e construir a igualdade de gêneros nas relações.

Estamos percorrendo caminhos que outras já percorreram antes, e tantas que ainda não chegaram e com certeza virão e se somarão a nós, quando abrirmos mais o nosso pensar e o nosso coração. Estamos ainda carentes da inclusão das diferentes mulheres dos diferentes espaços de nossa sociedade que se dizem e se sentem feministas e que nós ainda não a incluímos neste ou naquele projeto. Que pretensão? O projeto é nosso e para nós?? Pensamos, pensávamos que era para todas. Vamos resgatar a diversidade, que de novo, outra vez não é nossa! É do tempo, do espaço, da história de cada uma e de todas. Vamos somar e lembrar que cada uma de nós traz a marca de outras Marias que chegaram antes. Que bom que todo ponto de chegada é também ponto de partida. Que cada encontro é construção de novos encontros. E que no próximo encontro feminista haja mais inclusão e outras mulheres somem-se a este espaço e que possamos discutir também o espaço do diálogo com os homens.
FONTE: http://www.ubmulheres.org.br/paginas/artigos/katia_feminismo_diversidade.htm