O palanque da juventude soteropolitana

A menos de seis meses das eleições cada vez menos jovens se interessam pela política

Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Bahia possui o menor percentual de votos na faixa etária de 16 e 17 anos do Nordeste e fica em 18º lugar no quadro nacional. Apesar de ter lançado uma ampla campanha nacional e ter possibilitado um pré-alistamento pela internet, o Tribunal Superior Eleitoral registrou redução de 43% nas inscrições de eleitores de 16 e 17 anos em relação à última eleição. Foi somente 1,5 milhão de jovens inscritos em 2010, contra 2,7 milhões de eleitores há dois anos (2008). A influencia da família, de acordo com a cientista política Vitória Espiñera, professora e pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é um dos principais fatores que leva os adolescentes de 16 e 17 anos a fazer o título de eleitor: “quanto maior a escolaridade dos pais, mas politizada é a educação dos filhos”, avalia.

Muitos jovens não se interessam em ler reportagens políticas deixando de ficar atentos sobre como atuar na esfera democrática, porque a maioria das notícias sobre política é cheia de jargões, de “politiquês”, que segundo o jornalista Ricardo Setti, com uma linguagem que não transmite o assunto de forma direta para o público afastado do meio. E isso se deve ao fato de as pessoas acreditarem que a política é sinônimo de roubalheira e que os governantes não se movem para melhorar a vida dos cidadãos. Mas, na avaliação de Vitória Espiñera, não houve um aumento da corrupção, “com as políticas de alternância de poder no país, estamos podendo ver mais o que ocorre nas instituições políticas”. Espiñera interpreta, “com a precariedade do emprego, quando o jovem se vê à margem do mercado de trabalho, e diante da desintegração social, da educação e da saúde, ele fica cético em relação às próprias lideranças políticas. A idéia clássica da política, representativa e institucionalizada, passa a ser vista com descrença”.

Caio Marques, universitário, 21 anos, defende que “fazer política é importante, e fazemos isso o tempo todo, por exemplo, quando negociamos horário de voltar para casa com nossos pais. A gente tem noção de que corrupção, infelizmente, existe em escala assustadora; mas, a falta de interesse vem pela ausência de confiança nas instituições políticas”, e acrescenta, “gosto do assunto desde as aulas de história na escola, o que colabora muito para o meu interesse histórico, pelo registro e pela cobertura política. Eu gosto de entender tudo, de puxar os porquês de determinado caso. Acho que política sem história não existe”.

Allan Montenegro, estudante, 17 anos, afirma que lê, vai atrás das informações, discute e tenta aumentar o diálogo com os políticos, por exemplo, fazendo uso da rede social, Twitter.

O segundo fator que influencia jovens de 16 anos a se interessar mais por política é a participação em associações de moradores, grupos religiosos, organizações não-governamentais (ONGs), sindicatos, movimentos estudantis e partidos políticos. “A participação partidária é pequena, mas existe. O que vejo é um envolvimento relativamente grande em movimentos estudantis, principalmente nos grêmios escolares”, afirma Espiñera. Importante salientar que há um considerável estímulo dentro dos partidos políticos para que os jovens partidários se interessem em disputar eleições, todos se posicionam salientando a vantagem de eleitores jovens se identificarem com candidatos de sua faixa etária, dando-lhes a segurança de que vão influenciar, de muitas formas, nos planos de governo.

Nas últimas eleições, Allan participou dos debates dos candidatos à prefeitura, quando os prefeituráveis tiveram a oportunidade de mostrar suas propostas ao público jovem. “Percebi a presença de muita gente nos auditórios, e ver aquele público imenso mostra que as pessoas da minha idade se interessam pela política, sim, mas acham difícil participar, porque enxergam tudo como um mundo muito distante, só que as pessoas precisam colocar na cabeça que política não é só na época de eleição, ela acontece todos os dias”, conclui o estudante, Allan.


Mayra de Miranda (mayrademiranda@yahoo.com.br)

Poesia: DIA DOS JOVENS

Nosso momento histórico
Tenta, porém não me ilude:
Tem ofuscado bastante
O brilho da juventude
Pondo o banal como norma
Regente das atitudes.

Já provamos meu Brasil
Que o jovem tem poder
De mudar realidades.
Para isso é só querer.
O jovem tem força e garra
Canais que o faz vencer.

Uma vez que o sistema
Capitalista global
Tem consciência que o jovem
Traz este potencial
Lança ideologias
Baseadas no banal.

Por isso que a juventude,
Com pouquíssima exceção,
Vai trilhando um caminho
Cujo rumo ou direção
É distante dos valores
Que exaltam uma nação.

As drogas, o culto ao corpo,
O apelo sexual
Apresentado na mídia
Como valor principal.
A violência parece
Cada dia mais normal.

Tais valores destorcidos
Vieram em oposição
Ao pensamento que faz
Do jovem um cidadão
Consciente dos direitos
E deveres da nação.

Este jovem consciente
Consome e produz cultura.
Questiona o fazer político.
Pensa de forma madura.
Produzir conhecimento
É sua grande aventura.

Jovem do nosso Brasil
Reconstrua esta história...
Você é nosso futuro.
Preserve a nossa memória.
Você tem todo o poder
De nos trazer grande glória.

Autor: Manoel Messias Belizario Neto

Polícia pós-moderna prolifera velhos problemas raciais

Diariamente morre um jovem nos bairros periféricos de Salvador sem uma autoria, sem uma explicação plausível. Quase sempre é a mesma história, tiroteio seguido de morte. Quando não afirmam ter encontrado a vítima já morta ou agonizando e a viatura da polícia aparece para prestar socorro. SOCORRO – pede a juventude negra do século XXI. A quem recorrer? À polícia? Às outras autoridades? A São Jorge? A Deus? Como driblar as adversidades do dia-a-dia que potencialmente vitimiza mais negros de classes desfavorecidas do que os brancos? Segundo a pesquisa desenvolvida por Júlio Jacobo Waiselfisz o “Mapa da Violência 2010 – Anatomia dos Homicídios no Brasil”, que relaciona a quantidade de homicídios com fatores sociais e também identifica o gênero e a etnia “em dois anos foram mortos 59.896 negros e 29.892 brancos. A diferença maior entre os grupos envolve pessoas com idades de 10 a 24 anos.” O estudo constata que a morte desses jovens é provocada por indivíduos de mesma situação social de risco, e que muitas vezes são policiais. “No Nordeste a disparidade dentre os grupos é a maior do Brasil: são 10 negros mortos para um branco”.

As Rondas Especiais (Rondesp) é a polícia mais citada nos textos dos jornais locais, o que me levou a fazer uma analogia com o livro “Rota 66: a história da polícia que mata”, do jornalista Caco Barcellos sobre as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) e os casos de assassinatos descritos em seu texto no qual, para a polícia, o suspeito já é considerado criminoso e culpado. Publicação elaborada através de uma pesquisa do jornalista por mais de vinte anos, desenha um perfil dos jovens exterminados pela polícia da época: pardos e negros, moradores de bairros desassistidos pelas políticas públicas, jovens entre 14 e 26 anos, que apresentaram resistência a prisão e com troca de tiros. A coincidência dos fatos descritos por Barcellos e o que acontece nos subúrbios de Salvador atualmente é de se pensar porque os criminosos não representam a maioria entre as pessoas que aparecem mortas pelos policiais militares no caso da ROTA.

O livro trata também do racismo não declarado oficialmente, o sorrateiro, o silencioso que vem de tempos pós-abolição da escravatura e que muitos negros sofrem diariamente. Aquilo que não é dito, mas feito descaradamente. O fato de serem “pretos”, pobres e moradores das periferias condiciona o julgamento de bandido, traficante, ladrão… Culpado. Sem direito a voz ou defesa. A maioria das pessoas envolvidas nos homicídios nas últimas semanas na região metropolitana ainda não foram identificadas, só informaram que moram nos bairros “famosos” pelo abandono, pobreza, violência e descaso, e que são jovens em situação de risco. Mas por que não foram identificados? Será que todos esses jovens não portavam seus documentos? Nem tinham parentes? Alguém que pudesse identificá-los, derramar uma lágrima por essas pessoas? Seriam todos bandidos? Ou pode ter a polícia alterado o local do crime? Esses jovens sem nome, sem personificação serão estátísticas no final deste mês e voltarão em nossas lembranças no final do ano com o balancete de mortes em 2010.

Não sabemos se são realmente inocentes ou culpados, mesmo porque a apresentação dos fatos quase sempre está sem explicações detalhadas, ou mesmo as considerações básicas. No período em o que o PFL (atual DEM) monopolizava a política baiana, a violência era tratada como fenômeno mundial. Logo o que podiam fazer os governantes? Sai governo entra outro, atuais PMDB partido do atual Prefeito João Henrique e PT partido do governador Jaques Wagner, a culpa agora é do crack. Afinal o governo tem que culpar algo ou alguém que não seja ele mesmo. Sabemos que o tráfico está causando muitos homicídios em Salvador, mas será ele responsável solitário dessas mortes? Como podemos quantificar a atuação da Polícia Civil, que age sem farda? Até onde vai a ética de nossos policiais que ganham R$ 1.978,51 para sair de suas casas e não saber se voltam em uma escala 12 horas de trabalho x 36 horas de folga? Como podemos presumir que mesmo com esse novo treinamento financiado pelo governo do estado, que visa a qualificação dos agentes, vai diminuir a quantidade de mortes de jovens se em 2009 a polícia só podia contar com 180 pistolas não-letais? A contratação de trinta mil policiais não terá o efeito desejado se a polícia não estiver próxima à comunidade, se for considerada tão marginal quanto aqueles que comercializam drogas, se não estabelecer a ordem social combatendo a criminalidade e se não mudar a imagem da corporação há muito manchada por policiais corruptos. É comum as pessoas que vivem em bairros periféricos terem medo da polícia, simplesmente pela forma de sua abordagem austera.

Esse pensamento de que o negro sempre é mais propenso ao crime também povoa a mente dos policiais, que dão prioridade em averiguar aqueles que consideram suspeitos. Outro dado apresentado na pesquisa de Waiselfisz sugere diversas razões para esses homicídios: a privatização da segurança que serve de divisor geográfico-social, pois impossibilita a comunicação entre as classes aprofundando o abismo que divide aqueles que podem pagar sua segurança – colocando cerca elétrica, comprando um carro com travas automáticas, morando em condomínios fechados com inúmeros seguranças – e aqueles que colocam o peito como blindagem e voltam do trabalho onze horas, meia noite em bairros que nem a polícia se atreve a patrulhar nesse horário, sua segurança fica a cargo de Deus e dos òrisàs. Porque se os policiais aparecem é pra procurar culpado metendo o pé na porta para entrar e dando tiro em criminoso e inocente. Quando dá tudo “errado” passa a ser incompetência da somente da polícia, que não é de fato.

Independente de quem seja o responsável pela autoria da caça aos jovens negros – militares ou governantes – vemos as viaturas da Polícia Militar e os “rabecões” do Instituto Médico Legal fazendo o papel de navio negreiro do século XXI. Essa falácia de uma viatura estava prestando socorro não convence. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é que tem o dever de prestar atendimento médico. Uma viatura que demora mais de uma hora e meia para chegar a um hospital para mim não está priorizando salvar a vida desse indivíduo. “Reaja ou será morto, reaja ou será morta” mais que um apelo, um movimento que alerta aqueles poucos desavisados que podem estar “na mira” e ainda não sabem os que são o alvo daqueles que deveriam protegê-los.


Iara Thalita Adans Oliveira (thallyadans@hotmail.com)

Ilustração: Jamile Coelho

UJS Camaçari disputa vaga no Conselho de Cultura Municipal

O Conselho Municipal de Cultura é um órgão coletivo, com participação do poder público e da sociedade civil, que colabora na elaboração, execução e fiscalização da política cultural do governo municipal.
A UJS por entender sua importância e a necessidade de políticas públicas culturais que atendam a necessidade dos jovens do município, lançou a candidatura de Jamile Coelho. A eleição será no dia 22/05, na Casa do Trabalho.

Para Jamile Coelho, militante da UJS, a “fiscalização popular da gestão cultural será um desafio para todos os atores sociais, pois o déficit cultural em Camaçari é gigantesco e a criação do Conselho demonstra um novo momento da cultura municipal”.

O presidente da UJS e gerente da Coordenadoria de Juventude municipal, Denis Michel, fala da importância do Conselho na fiscalização das políticas culturais, “a UJS lutará para garantir a transparência e multiculturalidade, permitindo a participação dos excluídos pela indústria cultural”, e acredita que esse novo passo rumo a democracia revolucionará o cenário cultural municipal.

UJS Camaçari fará Conferência Livre de Esporte

Durante o 5º Congresso Municipal da UJS será realizada no grupo de debate sobre esporte a Conferência Livre de Esporte, com a participação da Profª Sara (vôlei), Bacelar (Gerente de Esporte Comunitário da SEDEL), Profª Núbia (Karatê).
Etapas livres fazem parte do processo de organização da III Conferência Nacional do Esporte, convocada para os dias 3 a 6 de junho em Brasília; objetivo será construir junto à sociedade e os poderes públicos municipais e estaduais o Plano Decenal do Esporte.
O Ministério do Esporte, em parceria com o Instituto Via BR e com a participação da União da Juventude Socialista (UJS), organizará até o dia 29 de maio 165 Conferências Livres em todo o Brasil. As etapas livres podem ser organizadas por qualquer grupo de 10 pessoas ou mais e são preparatórias para a III Conferência Nacional do Esporte, convocada pelo governo federal para acontecer entre os dias 3 e 6 de junho de 2010 em Brasília. A ideia é discutir propostas que possam ser incorporadas ao documento da III CNE, votado durante a plenária final.

"O esporte é atividade que joga papel importantíssimo na formação da juventude e do povo brasileiro. O Brasil vive e respira o esporte, componente fundamental na afirmação da identidade nacional, fator de unidade em nossa imensa diversidade cultural", explica o ministro do Esporte Orlando Silva. "O sistema de esporte e lazer que se pretende hoje deve oferecer serviços que ampliem o acesso ao conhecimento, a vivência e a prática do esporte, em todas as dimensões", completa.

O presidente da UJS, Marcelo Gavião, afirma que a entidade irá mobilizar seus militantes para que realizem as conferências livres. "Vamos aproveitar o nosso processo de construção do congresso nacional da UJS para discutir as pautas do esporte. Nos congressos municipais e estaduais iremos colocar o tema da terceira Conferência do Esporte em debate. É essencial que a juventude faça parte da construção do Plano Decenal do Esporte para que nossas reivindicações e anseios estejam presentes no documento final", ressalta.

A III Conferência Nacional do Esporte – CNE
A III CNE faz parte de um amplo processo democrático desenvolvido pelo governo federal. As conferências têm envolvido a sociedade no desenho e implementação de políticas públicas em todos os âmbitos. Já foram realizadas 68 conferências das mais diversas áreas, entre as quais cidades, saúde e assistência social, além de outras inéditas como segurança pública e comunicação.

O objetivo da III CNE é dar continuidade ao processo de ampliar a democracia participativa no país, como espaço aberto e livre para o debate, a formulação e a elaboração de propostas para o esporte e lazer como vértices do desenvolvimento nacional. Com o tema "Plano Decenal do Esporte e Lazer: 10 pontos em 10 anos para projetar o Brasil entre os 10 mais", essa terceira edição definirá as linhas estratégicas prioritárias que buscam abranger várias áreas e impulsionar todos os índices de desenvolvimento do setor: da formação e incentivo à prática esportiva; da qualificação da gestão esportiva à modernização da infraestrutura; do fomento à ciência e tecnologia no esporte à ampliação do financiamento e desenvolvimento da cadeia produtiva.

No processo de conferência é possível estreitar o diálogo entre o poder público e a sociedade civil. Dessa forma, permite-se ao Ministério adequar as políticas de esporte e lazer às demandas sociais e também consolidá-las como políticas de Estado. Para isso, já foram realizadas diversas conferências municipais e estaduais. Essas etapas, diferente das livres, elegem delegados que vão representar as suas regiões em Brasília, durante os dias 3 a 6 de junho, quando será formatado o documento final que terá sido construído com a participação de toda a sociedade brasileira.

O que são as Conferências Livres
As etapas livres possibilitam a ampliação do espaço de debate, estimulando a participação de segmentos que na maioria das vezes não participam de processos de conferência. A característica dessas etapas permite que sua realização seja proposta por qualquer segmento da sociedade civil ou do poder público, tendo que reunir no mínimo 10 participantes para ser validada. Não elegem delegados, mas suas propostas serão enviadas diretamente para a etapa nacional a fim de compor o caderno de resolução, qualificando o debate e contribuindo com o documento final da III Conferência.

Como realizar uma Conferência Livre
Qualquer cidadão pode realizar uma conferência livre. Para isso, é necessário se cadastrar pelo e-mail conferencialivre@viabr.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . É importante que o responsável pela organização da conferência envie todos os dados abaixo respondidos.

Nome do responsável:
Função:
Instituição:
Endereço completo:
Telefone:
E-mail:
Data da conferência:
Local:
Horário:
Nº Partipantes Previstos:

Envio de relatórios
Coletar, registrar e sistematizar as propostas de acordo com o debate ocorrido é fundamental para traduzir a riqueza e a participação social na Plenária Final da III CNE. O resultado desse debate entre a sociedade civil e o Estado é que conduzirá à finalização do Plano Decenal de Esporte e Lazer, reunindo forças políticas e sociais para apresentá-lo junto ao Congresso Nacional, e assim materializar as decisões da III CNE em lei.

Após cada etapa, os realizadores devem enviar relatório com o registro das informações (fotos e/ou lista de participantes e/ou matéria de jornal e/ou vídeo da etapa livre). Esse material é importante porque será incorporado ao documento final da conferência. O modelo do relatório será enviado por e-mail aos responsáveis assim que a organização das conferências livres confirmar a realização da etapa.

Instituto Via BR
O Instituto Via BR tem a juventude como eixo central de participação e atua em suas mais diversas esferas. É uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo criar e desenvolver ações e projetos nas áreas da cultura, educação, cidadania, trabalho, esporte, saúde e meio ambiente.

UJS no Twitter + Kit #SigaUJS

Mesmo antes de terminar sua primeira sexta-feira, dia escolhido para realizar a divulgação do Twitter, a campanha #SigaUJS já tem o que comemorar.
Dentre os mais de 60 tuiteiros que divulgaram a campanha até as 16h de hoje - desde o início da semana vários simpatizantes já haviam aderido -, destacam-se algumas personalidades.

O cantor, vereador paulistano e candidato ao Senado Netinho de Paula aderiu e indicou a seus seguidores que acompanhassem a UJS no twitter. O mesmo fizeram a deputada federal Manuela D`Avila e o presidente da União nacional dos Estudantes, Augusto Chagas, e o presidente do Conjuve, Danilo Moreira.

O portal Vermelho foi um dos primeiros a apoiar a campanha. Os presidentes da UEE-SP, Carlos Eduardo, e da UEE-RJ, Flávia Calé, também aderiram, bem como a ONG E-Jovem, importante entidade do movimento LGBT.

Kit #SigaUJS
Para incentivar que mais pessoas entrem na campanha, a @UJSBRASIL preparou 25 kits de materiais para serem sorteados entre os participantes (ou seja, os que deram o #SigaUJS) e os novos seguidores (os que aderiram no espaço de tempo que vai de segunda, 10/05, até a sexta da próxima semana, 21). Novos brindes serão sorteados na semana posterior.

Cada kit dessa primeira semana será composto por 1 livro "Quebrando Mitos - Juventude, Participação e Política", 1 bandeira da UJS e 1 cartaz da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD).

Rumo aos 5 mil seguidores
A campanha #SigaUJS foi pensada para ampliar o número de seguidores da entidade no microblog que virou febre entre internautas do mundo inteiro. Parece estar dando certo, já que o número de seguidores vem crescendo em ritmo acelerado.

São ainda aguardados os twittes de personalidades como o presidente Hugo Chavez, Dilma Rousseff e muitos outros.

Fonte: http://www.ujs.org.br/site/portal/

Baixe os materiais do 15º Congresso

Aqui vão as teses, jornais, panfletos, adesivos e outros materiais a respeito do 15º congresso da UJS que ocorrerá em Junho deste ano.

Tese completa do 15º Congresso da União da Juventude Socialista

Revista colorida da tese do 15º Congresso da União da Juventude Socialista

Jornal AX4 colorido do 15º Congresso da União da Juventude Socialista

Adesivos do 15º Congresso da União da Juventude Socialista

Cartaz da UJS da Campanha "Se Liga, 16"

Panfleto - Ficha de Filiação da UJS da Campanha "Se Liga, 16"

Folder do 15º Congresso da União da Juventude Socialista (externo)

Folder do 15º Congresso da União da Juventude Socialista (interno)

Hip-hop: Prêmio Preto Ghóez

Já está disponível online o manual de inscrição do Prêmio Cultura Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez. Nos próximos dias a inscrição online estará disponível.
A Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC) publicou no dia 16 de abril, no Diário Oficial da União (Seção 3, páginas 16 a 18), o Edital nº 005 abrindo as incrições para o Prêmio Cultura Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez.

A primeira edição do concurso contemplará 134 iniciativas do movimento Hip Hop, com o valor de R$ 13 mil cada, divididas em cinco categorias (Reconhecimento, Escola de Rua, Correria, Conhecimento – Quinto Elemento, e Conexões). O Prêmio terá recursos de R$ 1,7 milhão e as inscrições, para o concurso, ficarão abertas até o dia 12 de julho de 2010.

Para baixar o manual: http://premioculturahiphop.com.br/2010/?p=247

Conselho Municipal de Cultura

A participação popular na gestão cultural é uma estratégia eficaz para democratizar a prefeitura e combater o clientelismo.

Na maioria dos municípios, as ações de política cultural dependem somente da vontade da prefeitura, raramente envolvendo a sociedade civil na elaboração e execução. As verbas para as ações culturais, em geral, destinam-se para atendimento de lobbies culturais organizados. A centralização de informações e do processo decisório no governo municipal criam condições para que o clientelismo possa se utilizar da Cultura como seu instrumento de ação. O fato de, em geral, se considerar a Cultura como uma política pública secundária facilita essa centralização e concentração.

Os governos que buscam fugir do clientelismo, todavia, em grande parte também tratam as decisões no campo da política cultural com o mesmo enfoque centralizador. Assim, por não considerar devidamente a multiplicidade de atores sociais envolvidos, esses governos municipais não conseguem ir além de gestões burocráticas da política cultural.

A criação de um Conselho Municipal de Cultura pode ser um instrumento adequado para abrir a gestão cultural para a sociedade civil.

ATRIBUIÇÕES

O Conselho Municipal de Cultura é um órgão coletivo, com participação do poder público e da sociedade civil, que colabora na elaboração, execução e fiscalização da política cultural do governo municipal.

Baseia-se no princípio da transparência e democratização da gestão cultural, constituindo-se em uma instância permanente de intervenção da sociedade civil na política cultural.

O Conselho Municipal de Cultura pode ter caráter consultivo ou deliberativo. É possível que o Conselho possa deliberar a respeito de alguns temas, enquanto em outros seu papel é apenas consultivo. Tanto as deliberações como as consultas podem ser facultativas ou obrigatórias.

Entre as atribuições do Conselho Municipal de Cultura podem ser incluídas:

1. Fiscalização das atividades da Secretaria, departamento ou órgão de cultura;
2. Fiscalização das atividades de entidades culturais conveniadas à prefeitura;
3. Administração de um Fundo Municipal de Cultura;
4. Elaboração de normas e diretrizes de financiamento de projetos;
5. Elaboração de normas e diretrizes para convênios culturais.

COMPOSIÇÃO
O Conselho Municipal de Cultura é composto por representantes de entidades da sociedade civil e do poder público.

A representação da sociedade civil pode incluir entidades representativas de produtores culturais, entidades estudantis, entidades sindicais de trabalhadores da área, empresários do setor, instituições com inserção em assuntos culturais, escolas, universidades e associações de moradores, entre outros.

O secretário ou diretor encarregado da Cultura no governo municipal deve participar do Conselho, sendo, preferencialmente, seu presidente. A representação do poder público pode ser completada com dirigentes, assessores e funcionários municipais que atuem na área da Cultura e de educação. É recomendável que o Conselho conte com a participação de responsáveis por equipamentos culturais como bibliotecas públicas, museus e centros culturais. A representação dos equipamentos locais de cultura – públicos e privados – contribui para a agilidade da execução das decisões e coloca à disposição do Conselho informações originadas a partir da experiência cotidiana daqueles que têm contato direto com o público e os demais agentes envolvidos na política cultural.

A presença de representantes do Legislativo Municipal pode aumentar a legitimidade do Conselho e facilitar o relacionamento com os vereadores.

Os Conselhos baseados na indicação, pelo prefeito, de um grupo de "notáveis" do município devem ser evitados. A experiência deste tipo de composição mostra uma forte tendência ao reforço do clientelismo e a uma baixa representatividade, uma vez que essas personalidades não participam por delegação de nenhuma entidade e, portanto, não têm a quem prestar contas diretamente. Os "notáveis" ficam expostos à cooptação pelo poder público, até mesmo inviabilizando o papel do Conselho de ser contraponto da sociedade civil. É muito mais interessante, não só no sentido do desenvolvimento da cidadania como também da eficácia da atuação do Conselho, investir na representação de entidades – ainda que esta opção exija do poder público mais esforços de diálogo e articulação.

É desejável que pelo menos parte da representação da sociedade civil seja conduzida ao Conselho por eleição direta pela população do município.

Podem ser abertas vagas para representantes de entidades com atuação na área cultural, cada uma apresentando seus candidatos a uma eleição, para a qual é convocada a população do município, com comparecimento facultativo.

Este mecanismo é uma forma de garantir a presença de entidades que detenham a representatividade junto à sociedade. Reduz o risco de organizações sem importância na vida cultural do município ocuparem assento no Conselho, em detrimento de entidades de maior expressão.

IMPLANTAÇÃO
A implantação do Conselho Municipal de Cultura não é imediata. A quantidade de atores envolvidos exige um processo de preparação bastante cuidadoso. É importante que a sociedade civil participe desde o início das articulações. Pode-se iniciar com um "Fórum Informal de Cultura", submetendo a este fórum um anteprojeto elaborado pela prefeitura. É recomendável que o Conselho Municipal de Cultura seja definido em lei municipal, para garantir sua continuidade após o término da gestão. Em conseqüência, é fundamental que os vereadores participem do processo inicial de discussão e elaboração das propostas. A divulgação do Conselho Municipal de Cultura não pode esperar sua aprovação pela Câmara: a convocação para o "Fórum Informal de Cultura" já deve ser o primeiro ato divulgador da iniciativa.

CUIDADOS
O peso político real do Conselho não será dado apenas pelas suas atribuições legais, mas por variáveis ligadas diretamente à prática política dos atores sociais envolvidos: representatividade, capacidade de comunicação com setores organizados da sociedade e com a população desarticulada, por exemplo.

A participação da sociedade civil pode ser minoritária ou majoritária. Pode-se conceber, também, um Conselho Municipal de Cultura paritário, com o mesmo número de representantes do poder público (incluída a representação do Legislativo) e da sociedade civil. Naturalmente, quanto menor a presença de membros indicados pelo prefeito, mais oportunidades há para que o Conselho atue de forma autônoma.

É necessário elaborar um regimento interno do Conselho, para definir as relações internas de poder e de circulação de informação. Deve conter mecanismos que permitam que as entidades da sociedade civil possam manifestar suas opiniões e apresentar propostas. Por ser uma arena onde deverão ocorrer discussões políticas, o Conselho não pode manter-se restrito a questões técnicas ou burocráticas. É através da atuação política que será possível evitar que a defesa de interesses corporativos ou particulares conquiste a hegemonia na atuação do Conselho, sujeitando-o à condição de órgão legitimador de demandas de pouco interesse para a política cultural.

É preciso criar formas de comunicação entre Conselho e comunidade, para que o Conselho Municipal de Cultura possa cumprir seu papel de mediador entre a sociedade e o governo no campo cultural. Boletins, plenárias abertas à comunidade, espaço na publicidade oficial podem cumprir esse papel. O Conselho deve ter assegurado o direito de publicar no Diário Oficial suas resoluções, como expressão do direito dos cidadãos à informação. A Prefeitura deve garantir infra-estrutura a essas atividades e outras que sejam necessárias, como convocação de reuniões e envio de materiais aos representantes, por exemplo.

RESULTADOS

A implantação do Conselho Municipal de Cultura traz importantes resultados de ordem política. Trata-se de um instrumento de democratização da gestão cultural e, como conseqüência, do Estado, contribuindo para que haja maior participação na elaboração da política cultural.

A existência do Conselho significa maior transparência na gestão cultural, porque permite um acompanhamento mais próximo, por parte da sociedade, das ações de governo no campo cultural. Com isto, ajuda a reverter antigos vícios: ficam dificultadas as práticas clientelistas e o uso dos recursos públicos para fins particulares dos administradores públicos e de setores a eles associados.

Como a comunidade passa a ter acesso mais direto às decisões de caráter cultural, aumenta seu poder de pressão sobre o poder público.

Com a criação do Conselho, o direito do cidadão à participação nas decisões governamentais é aprofundado e reforçado. Ocorre, portanto, uma ampliação da cidadania.

O Conselho Municipal de Cultura representa uma modificação do processo decisório da área cultural que vai contra a burocratização nas decisões.

Um dos principais resultados do funcionalismo do Conselho é o aumento da exigência de que o município adote uma política cultural, em lugar de uma série de ações desencontradas, promovidas pela Prefeitura, pelo Governo do Estado e pela sociedade.

A maior participação de representantes dos setores envolvidos pode contribuir positivamente para a qualidade da política cultural elaborada e para a eficácia de sua execução. Um número maior de idéias tende a circular na elaboração e avaliação de propostas. Passa a haver maior identificação dos agentes culturais com a política cultural. Torna-se possível uma maior aproximação com as aspirações da população.


Autor: José Carlos Vaz

Fonte: http://www.fpa.org.br/conteudo/conselho-municipal-de-cultura

Militante da UJS realiza exposição

A artista plástica, Priscila Pimentel, realiza a exposição Erotomania, que se caracteriza por ter uma narrativa não- linear comum aos desenhos de Histórias em Quadrinhos, este projeto apresenta cenas trabalhadas quadro a quadro e trás o “elemento perturbador” que atiça a memória e constrói a fantasia.







Serviço:
Artista Priscila Pimentel
Abertura dia 11 de maio de 2010 às 18h
Local Galeria Nilda Spencer (Foyêh do Teatro Martim Gonçalves)
Av. Araújo Pinho, n° 292 – Canela. CEP 40110-150, Salvador-BA.
Visitação de 12 a 28 de maio de 2010
Horário de quarta a domingo, das 14h às 20h.
ENTRADA FRANCA