PCdoB mantém Olívia para Senadora e define apoio à Wagner

A manutenção do pleito da candidatura de Olívia Santana para senadora e a defesa de uma candidatura única ao Senado Federal das forças políticas na Bahia que se unem em torno das candidaturas de Jacques Wagner (PT) para governador e Lula para presidente são decisões da Convenção Estadual do PCdoB, que aconteceu, ontem (11), em Salvador, no Centro de Convenções.

A candidatura de Olívia foi saudada entusiasticamente pelo plenário no ato político de abertura da Convenção, que contou com a participação de nomes de outras legendas que pleiteiam a vaga do Senado. Após a abertura feita pelo presidente estadual do Partido, Péricles de Souza, saudaram a Convenção o presidente estadual do PMDB e deputado federal Geddel Vieira Lima e o ex–governador João Durval (PDT) que têm seus nomes também cogitados para candidatos a senador. Tudo indica que a definição da chapa majoritária que tem à frente o nome de Wagner para governador deverá ocorrer somente no final do mês de junho.

Olívia Santana falou sobre a importância de reeleição de Lula e defendeu na Bahia uma chapa ampla, unitária, que possa incorporar as forças que apóiam Lula. Quanto à sua candidatura disse que quando se apresenta o nome de uma mulher, negra e comunista para o Senado Federal, não significa apenas uma acomodação de chapa. “Significa contribuir com a política baiana e com a luta dos negros por igualdade”, disse Olívia.

Falaram ainda na Convenção a deputada federal Alice Portugal, o deputado estadual Daniel Almeida e o secretário de Educação e Cultura de Salvador, Ney Campello, que representou o prefeito João Henrique (PDT). Muitos aplausos para Jacques Wagner

O pré-candidato a governador Jacques Wagner foi muito aplaudido pelo seu discurso na Convenção. Ele iniciou ressaltando que sua candidatura não é um projeto pessoal. “A minha candidatura faz parte do projeto de construção de uma Bahia democrática, desenvolvida economicamente e com justiça social”. Em seguida, ele saudou o PCdoB e sua militância. Wagner registrou que na década de 70 militou no PCdoB e que parte das convicções com que trabalha são oriundas da mesma matriz que anima a militância presente na Convenção. “Aprendi com o PCdoB que só se faz política quando se tem objetivos históricos, quando se tem convicções. É a firmeza de propósitos que nos possibilita a flexibilidade na forma. Aqueles, como o PCdoB, que sabem aonde chegar, vêem a importância de abrir espaço para alianças mais amplas para derrotar o adversário principal e fazer avançar a luta do povo”. Em seguida, ele se dirigiu a Olívia, João Durval e Geddel: “Alegre daquele pré - candidato que como eu que pode ter três nomes, figuras políticas importantes na Bahia com condições de integrar a chapa majoritária”. Wagner afirmou que está demonstrada a maturidade da oposição na Bahia. “Não se trata de uma disputa descabida, porque as três pré-candidaturas ao senado já manifestaram que o mais importante é a unidade que está sendo construída para varrer do nosso Estado a concepção que desde 1964 invadiu a Bahia. Essa concepção antes se chamava de Arena, depois de PDS e hoje se chama PFL que entristece a alegria natural do povo baiano. O Brasil se libertou da ditadura militar a 21 anos, mas a nossa terra, continua dominada pelo PFL que governa a Bahia como se a ditadura militar ainda existisse, subvertendo a lógica da democracia”.

Wagner em seguida falou dos êxitos do Governo Lula e da parceria antiga do PCdoB com o projeto que elegeu Lula. Renato Rabelo: “Não subestimar a dimensão da batalha” Presente à Convenção da Bahia, o presidente nacional do Partido, Renato Rabelo falou da necessidade de “Não subestimar a dimensão da batalha, não considerar que é uma batalha ganha sobretudo para a presidência da República.A tendência é favorável à Lula, mas não quer dizer que a batalha está decidida. Isso vai requerer de nossa parte um esforço muito grande”. Sobre as eleições na Bahia, o presidente do PCdoB disse que “É uma batalha difícil, mas é preciso virar o jogo para eleger o Jacques Wagner governador. É importante que o povo compreenda cada vez mais que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), é uma figura política superada e que o candidato ao governo do PFL (Paulo Souto) é o candidato dele, apesar de procurar às vezes até aparecer como independente. É preciso desmascar esse jogo do grupo do senador ACM, os carlistas”. Renato lembra ainda que toda batalha tem um objetivo mais destacado. “Diante do objetivo de impedir a volta da direita, reeleger Lula e eleger Wagner temos na Bahia que unir forças e não procurar ressaltar as contradições entre as forças que compõe conosco nesse momento”. Elogios aos comunistas baianos Renato Rabelo destacou a combatividade do PCdoB na Bahia.“É um partido que possui muitos quadros com experiência política, tem uma trajetória de luta. A confiança maior que temos é de que o Partido compreende qual é o objetivo da batalha neste ano e isso é uma garantia de êxito”.

Com informações
www.vermelho.org.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei a palavra de ordem: "ô ACM, Vai se dar mal, é a negona no Senado Federal!!!" Canto na maior empolgação.....