Chávez e o Partido Comunista: identidade total!

Por José Reinaldo Carvalho, de Caracas

“Não sou comunista, nunca fui comunista, mas creio no Partido Comunista. Chávez não é comunista, nunca foi comunista, mas também acredita no Partido Comunista”. O vice-presidente da República Bolivariana da Venezuela, José Vicente Rangel, levou ao delírio a multidão que lotava ontem, 20 de julho, o Ginásio de Esportes Poliedro de Caracas, referindo-se com essas palavras às profundas relações entre o Comando da Revolução Bolivariana e o Partido Comunista da Venezuela.

O vice-presidente da República representava o presidente Hugo Chávez no ato de abertura do 12º Congresso do Partido Comunista da Venezuela, que se desenvolverá até o próximo domingo. Chávez não compareceu por ter iniciado na véspera um giro por diversos países da América Latina, Ásia, Europa e África.

Rangel fez grandes elogios à história do Partido Comunista Venezuelano, "um partido que deu uma contribuição fundamental na luta pela democracia e pela independência nacional da Venezuela, que pagou com seu sangue e que hoje encontra-se totalmente integrado ao processo da Revolução Bolivariana". Para ele, “há uma identidade total – política e ideológica – do PCV com o comandante Hugo Chávez”.

Novos desafios

O vice-presidente dedicou parte de seu discurso para falar sobre os desafios atuais da Revolução Bolivariana, manifestando a certeza de que para enfrentá-los não faltará a contribuição dos comunistas venezuelanos. “Encontra-se no centro da discussão nacional o tema da luta pelo socialismo do século 21”. Rangel afirmou ainda que “a definição do caráter da revolução como socialista é fundamental, pois, a não ser assim, o processo poderia sofrer perturbações e retroceder”.

Rangel falou também sobre a necessidade de, no próximo período presidencial, a Revolução promover o aprofundamento das conquistas da Constituição de 1999 – há uma certeza de que Chávez se reelegerá em dezembro deste ano. Para o vice-presidente, aprofundar a Revolução na Venezuela é decisivo para não permitir que se paralise o processo. Entre as medidas necessárias para promover esse aprofundamento, o vice-presidente citou o fortalecimento do poder popular e suas instituições, além da preparação do país para enfrentar as ameaças emanadas do imperialismo norte-americano.

“Estamos conscientes dos riscos que isso representa e dispostos a enfrentá-los”, afirmou Rangel. Para ele, hoje os Estados Unidos são governados por “um bando de delinqüentes, o que cria uma situação sumamente séria e complexa”. O vice-presidente foi muito claro ao afirmar que “para enfrentar essas ameaças é necessário fortalecer o poder popular e a aliança deste com as Forças Armadas”.

O Congresso do Partido Comunista da Venezuela conta com a presença de mais de 30 delegações de partidos comunistas de todos os continentes, entre elas uma representação do Partido Comunista do Brasil.

Com informações
www.vermelho.org.br

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