Por volta das 23h30 da noite de ontem, foi confirmada oficialmente pelo nada imparcial presidente do TSE Marco Aurélio Melo, a existência do segundo turno para presidente da República. O presidente Lula, candidato à reeleição, obteve pouco mais de 48% dos votos válidos, enquanto o candidato do PSDB/PFL (leia-se, candidato da direita) Geraldo Alckmin teve cerca de 41%.
Não há a menor dúvida de que se a campanha tivesse sido pautada apenas pela comparação de governos (atual versus anterior) a vitória de Lula seria acachapante, no entanto, o caso da compra de dossiê, extremamente explorado pela campanha de Alckmin e pela grande mídia, acabou por atrasar em pouco menos de um mês a vitória de Lula, franco favorito neste segundo turno.
Para a Câmara dos Deputados, fica claro que o próximo presidente terá que se relacionar com diversas forças políticas se quiser ter maioria no parlamento, já que a base fiel de apoio ao governo elegeu 123 deputados, enquanto o PSDB e PFL, principais partidos da oposição elegeram 130, a chamada oposição de esquerda, formada pelo PDT, PPS (que de esquerda não tem nada) PV e PSol elegeram juntos 61 parlamentares, os partidos nanicos ficaram com 21 deputados e o PMDB, que agora tem a maior bancada do Congresso, focou com 89. Foram eleitos 13 deputados federais comunistas pelo PCdoB, partido que também elegeu Inácio Arruda senador pelo Ceará.
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