UJS participa com destaque das comemorações do 1º de maio, apesar da truculência de sindicalistas ligados ao PT

A União da Juventude Socialista foi, sem dúvida, um dos maiores destaques do 1º de maio - Dia Internacional do Trabalhador - em Camaçari. Cerca de 15 mil pessoas lotaram a Avenida Comercial para assistir ao ato-show que contou com a presença de atrações como Edson Gomes e Ilê Ayê. Durante os intervalos, dezenas de sindicalistas, representantes do PCdoB e do PT e parlamentares desses Partidos se revezaram nas intervenções, que destacaram principalmente a defesa do veto presidencial à Emenda 3, proposta reacionária defendida pela direita brasileira para retirar direitos dos trabalhadores. A UJS esteve presente com bandeiras e faixas, uma delas com os dizeres: "Dia Internacional do Trabalhador: a Juventude na luta por mais mudanças!".

Truculência e autoritarismo

No entanto, a parte triste do evento foi a agressão moral impetrada à militantes da UJS por parte de sindicalistas ligados ao Partido dos Trabalhadores. Primeiro, retiraram uma das faixas da organização que se encontrava ao lado do palco principal, com a absurda justificativa de que o conteúdo era ofensivo ao presidente Lula. O conteúdo considerado ofensivo pelos petistas era: "Lula: a juventude brasileira quer mais ousadia pra o Brasil avançar". Depois, tentaram impedir que a UJS tivesse acesso ao microfone, mesmo a entidade tendo participado da organização do evento e já tendo sido acordado anteriormente que a mesma estaria na relação de intervenções. Por último, e igualmente revoltante, foi a forma desrespeitosa que o "sindicalista" Luis Tavares, conhecido como Lula, se referiu à juventude socialista, utilizando palavras de baixo calão e termos pejorativos à entidade.

O que tanto incomoda à setores do PT é o crescimento que a UJS vem tendo no município, construindo um movimento ousado e de luta, que não tem receios de defender, de forma autônoma, os interesses da juventude e do povo brasileiro. Os fatos já citados geraram a repulsa de outros Sindicatos, como os Metalúrgicos e o Sindborracha, do PCdoB e de representantes da própria CUT.

Posturas como essas fazem com que setores importantes do movimento sindical brasileiro, a exemplo da Corrente Sindical Classista (CSC), segunda maior corrente cutista, estudem a saída da Central. "Um dos desafios pontuais é superar as limitações e os vícios da CUT - hegemonismo, falta de transparência, burocratização, partidarização, manobras golpistas", afirma documento da CSC aprovado em recente encontro nacional. "Porém, se a CUT não caminhar em tal direção, os classistas poderão buscar alternativas para o movimento sindical. Uma das hipóteses em estudo é a criação de uma nova Central de feições classistas, pautada pelo sindicalismo combativo, com uma concepção democrática, unitária e plural" conclui o documento.

Mesmo com os incidentes, o 1º de maio em Camaçari foi marcado por uma boa dose de politização e por atrações que animaram os trabalhadores camaçarienses, numa bela homenagem àqueles que constroem - com muito suor - o nosso país.

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