Conferência Livre da Juventude destaca desafios na execução de políticas públicas para os jovens em Camaçari

Com a aproximação da 1ª Conferência Municipal de Políticas para a Juventude, que acontecerá nos dias 25 e 26 de janeiro, vários debates começam a agitar as organizações juvenis de Camaçari. Na última sexta (21/12), a Conferência Livre convocada pela UJS reuniu dezenas de jovens e entidades do movimento social no Sindicato dos Metalúrgicos para discutir a construção das políticas públicas de juventude no município.

Depois de um rico debate, onde estiveram presentes Ângela Guimarães, da direção nacional da UJS, Valmir Santos, presidente da ABES, Marcus Vinicius, presidente da UMESC e Hebert Brito, representando a UBES, e que teve uma intensa participação do plenário, foram aprovadas as seguintes resoluções, que serão encaminhadas à Conferência Nacional:

01. Garantia da participação da juventude na construção das PPJ's: embora isso seja óbvio, na prática não é tão fácil. Afinal, para quem sempre esteve acostumado a decidir sozinho, sem considerar os interesses dos outros, essa mudança não é tão simples de acontecer, já que a participação verdadeira mexe com as relações de poder;

02. Criação da Secretaria da Juventude: garantido o debate, é imprescindível a criação de um órgão no poder público municipal que execute as políticas discutidas com a juventude. Também é necessário que a composição desta Secretaria seja fruto de uma ampla discussão com os movimentos juvenis;

03. Imediata instalação do Conselho Municipal da Juventude! Mas instalar só não basta, é preciso que seja garantido o espaço de organizações juvenis, a exemplo da UJS, entidades estudantis e demais organizações que tratem da temática;

04. Elaboração, em parceria com as entidades estudantis e organizações de classe dos professores, de um novo currículo pedagógico para as Escolas da rede municipal, afinal, mais do que melhorar a estrutura escolar, é fundamental que se construa um novo modelo de educação, tornando a Escola mais atrativa para os jovens estudantes;

05. Regulamentação da emissão das carteiras de identificação estudantil, coibindo a existência de entidades cartoriais como a AMES, que prestam um deserviço ao movimento estudantil de luta;

06. Eleições diretas para diretor de Escola! Com a participação de estudantes, professores e funcionários, garantindo a gestão democrática nas Escolas de Camaçari;

07. Instalação de uma comissão permanente dos direitos da juventude na Câmara dos Vereadores;

08. Lançamento de uma grande campanha de saúde pública, com vistas principalmente ao combate das DST's e às drogas, icentivo à utilização de preservativos e descriminalização do aborto, que deve ser construída pela SESAU em parceria com as organizações juvenis;

09. Por uma política de segurança pública que entenda o jovem como vítima e não como responsável pela violência. Contra a forma preconceituosa que oa órgãos da repressão tratam a juventude.

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