A aliança entre racismo e violência foi um dos temas abordados na Plenária de Abertura da Iª Conferencia Municipal de Políticas Publicas para a Juventude pelo Deputado Javier Alfaia e demais membros dos Movimentos Sociais. Javier denuncia que a juventude masculina negra é o principal grupo vulnerável à violência urbana e policial, representando a maioria das vítimas de tortura e de homicídio. Essa lógica assassina da cultura repressiva brasileira – negro é bandido, logo deve ser morto – demonstra duas premissas do policiamento em nosso país: a naturalização do extermínio e a criminalização do negro, que, pela construção racista de estereótipos e estigmas raciais, é abordado, humilhado, espancado e em grande número, como o jovem estudante do circo Picolino, assassinado no dia anterior em Salvador por ser confundido com um bandido enquanto jogava futebol com os amigos.
Deise Luz coordenadora municipal da UBM (União Brasileira de Mulheres)denuncia também que o segmento feminino negro tem sido o principal grupo vulnerável à impunidade da violência sexista, traduzida na omissão estatal quanto à defesa social das mulheres vítimas de violência doméstica, bem como na omissão quanto à saúde pública, em que são as mulheres jovens negras as maiores atingidas pela ausência de políticas de direitos sexuais e reprodutivos.
Uma moção foi assinada por todos os congressistas e entidades presentes que repudiaram as ações truculentas, irresponsáveis e discriminatórias da Polícia Militar e Civil contra negros, pobres, mulheres, gays, no município de Camaçari.
Não dá para a polícia, se utilizar, assim como no regime militar, da construção de sua versão movida pela lógica da desconfiança para acusar e matar inocentes.
QUEREMOS RESPEITO AOS NOSSOS DIREITOS E JUSTIÇA!!!!
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