Caetano bota bloco na rua de olho no 'petróleo' de 2014

Caetano bota bloco na rua de olho no 'petróleo' de 2014


Quem marcou posição na festa do 2 de Julho foi o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano. Candidatíssimo a sucessão de Jaques Wagner, em 2014, o presidente da União das Prefeituras da Bahia (UPB) se desgarrou do PT e levou seu grupo de prefeitos e assessores para a rua. As camisas com o slogam “O petróleo é nosso royalties já para todos os municípios” é mais que uma bandeira em defesa da redistribuição diferenciada das riquezas do petróleo na camada pré-sal para municípios mais pobres.


Além do vice-governador Oto Alencar, do senador Walter Pinheiro (PT) e da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), Caetano sabe que terá como um dos fortes concorrentes, o presidente da Petrobrás, o baiano José Sérgio Gabrielli, tido como o preferido do ex-presidente Lula para ocupar o Palácio de Ondina, na sucessão de Jaques Wagner. Aprofundar a discussão sobre mudanças nas regras de distribuição dos lucros do petróleo, via UPB, é certeza de ampliar seu horizonte como líder municipalista. Caetano sabe a força deste capital e vem usando de forma eficaz.


Bandeira apetitosa, justa e que lhe garante palanque em todas as cidades baianas, especialmente nas mais pobres, a luta pela distribuição dos recursos obtidos com a exploração do petróleo é hoje seu principal combustível. Com a máquina da UPB e a experência de 3 gestões municipais, Caetano assume a dianteira e segue, cidade por cidade, prefeito por prefeito, fortalecendo e trazendo para si a plataforma que pode ser o seu diferencial na disputa interna do seu partido. Com os cofres municipais vazios e na maioria mau administrados, o dinheiro do pré-sal pode ser o posto de abastecimento para prefeitos com o ponteiro batendo na reserva.


Cada vez mais traquejado e próximo da mídia, graças a confortável situação financeira de Camaçari, Caetano tenta consolidar como sua, a bandeira da distribuição justa das riquezas do pré-sal entre os mais pobres. Com movimentos cada vez mais intensos e de longo alcance, ultrapassa as fronteiras da Bahia e busca camadas mais profundas do poder, ao levar sua 'sonda de prospecção' para Brasília, através do movimento nacional dos prefeitos. A sucessão, assim como o pré-sal, estão na fase inicial. A construção de um exército não deixa de ser um bom começo. João Leite

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