Eleições proporcionais preocupam partidos aliados

Eleições proporcionais preocupam partidos aliados

Dirigentes do PTB, PRB, PCdoB, PSB e PDT garantem que o debate sobre o nome para a sucessão do prefeito Luiz Caetano está no começo e não deve ser precipitado. Criticam a ação de grupos interessados na criação do que chamam de ‘fato consumado’, quando apresentam na mídia uma versão de que o provável candidato a prefeito pelo PT, Ademar Delgado, já conta com o apoio de todos os 11 partidos da base aliada. Além do PT, já declararam oficialmente apoio ao candidato do prefeito, o PTdoB, PHS, PSL, PSC e PV.


Um almoço, na próxima sexta-feira (08/07), em Camaçari, reúne dirigentes municipais e representantes estaduais das 5 legendas. O grupo, que vem debatendo desde março, busca se fortalecer e conquistar espaços políticos e contribuírem de forma mais efetiva para a administração. No cardápio, temas como segurança, mobilidade urbana, saúde, educação e o próprio processo eleitoral. Foram convidados a senadora Lídice da Mata (PSB), os deputados federais Márcio Marinho (PRB) e Daniel Almeida (PCdoB), os estaduais Roberto Carlos (PDT) e Sildevan Nóbrega (PRB) e o Presidente do PTB Estadual, Jonival Lucas.


Segundo o ex-vereador Waldy Freitas, dirigente do PTB e candidato a candidato a prefeito, os partidos estão preocupados com a sobrevivência política. A postulação é legítima e não se trata de reação ou oposição ao governo municipal. O petebista lembra que a próxima Câmara de Vereadores terá 19 representantes e as projeções mostram que os partidos da base aliada precisam estar atentos.


O PT quer sair dos atuais 5 vereadores para 9 representantes na Casa. A conta deixa 10 cadeiras para serem disputadas pelos 6 atuais vereadores da outra parte da bancada governista, formada por Oto da Farmácia, migrando do PSDB para o PSD, Alfredo Andrade (PSB), Bispo Jair (PRB), Dilson Magalhães (PSC), Carmem Siqueira (PTB) e Zé de Elísio (PTdoB).


E é justamente esta conta que preocupa os aliados, especialmente PCdoB e PDT, sem representação no Legislativo. Joelson Macedo, dirigente do PCdoB, garante que além das bancadas estaduais e federais, os 2 partidos, mais o PSB, o PRB e o PTB discutem a união em torno de uma coligação nas proporcionais (vereadores). Esses partidos têm tradição política, debatem os grandes problemas nacionais, apresentam propostas e não são legendas cartoriais. O dirigente comunista garante que esse compromisso e a experiência com a governabilidade dos 5 tem ajudado a buscar o diálogo com o prefeito Caetano, que começa a se mostrar mais sensível.


Outro fator que preocupa é o crescimento da oposição. Além dos atuais vereadores Antonio Elinaldo e Jorge Curvelo (DEM), o grupo ganha o apoio do PMDB, PTN, PDC e PSDB. O bloco aposta num crescimento de, no mínimo, 100%, com a conquista de mais 2 cadeiras.


Nas eleições proporcionais de 2012, o coeficiente eleitoral não deve sofrer muitas mudanças em relação a 2010. Deve ficar na faixa dos 6 mil votos. Segundo cálculos, esse é o número mínimo que cada partido ou coligação vai precisar para garantir 1 cadeira.

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