Vereadores e secretários de Camaçari não pagam nem pedágio

Vereadores e secretários de Camaçari não pagam nem pedágio

Os vereadores e secretários municipais de Camaçari não precisam desembolsar R$ 2,60 por cada viagem até Salvador e cidades vizinhas, ou de volta ao município, como fazem os moradores e os milhares de motoristas que usam as vias de ligação do município, sede do maior complexo industrial integrado da América do Latina. Graças a generosidade da Câmara de Vereadores e da prefeitura de Camaçari, um grupo seleto de políticos e técnicos dos poderes Executivo e Legislativo passa livremente pelas 5 praças de pedágio do Sistema BA-093.


Na lista dos privilegiados com o “Passe Expresso”, que começou a ser distribuído há pouco mais de 15 dias, estão os 13 vereadores e alguns diretores do Legislativo Municipal. Também estão livres dos gastos e das filas nos guichês, especialmente nos horários de pico, os 24 secretários e dirigentes de órgãos do 1º escalão da prefeitura. O benefício se junta ao carro alugado com cota mensal de combustível. Para não fugir à regra, os edis levam vantagem sobre os secretários. Recebem mensalmente R$ 1.100 em tíquetes combustível, o que permite abastecer o Focus sedam, alugado pela Casa, ou usar parte da cota de quase 400 litros de gasolina em outros veículos. Na prefeitura, o benefício e a mobilidade com o vale-combustível são menores, mas não menos atraentes. Os secretários têm direito a um veículo modelo Siena e R$ 700,00 de combustível através do sistema de cartão com chip, que não permite abastecer outro veículo com os cerca de 250 litros de gasolina.


O conforto oferecido aos secretários de Camaçari e vereadores também pode ser obtido pelos demais cidadãos. A única diferença é que para ter direito à facilidade, o contribuinte precisa pagar. O "Passe Expresso" exige antecipação de um valor mínimo de R$ 65, o equivalente a 25 passagens. Rápido e sem burocracia, o sistema de leitura óptica identifica o chip instalado no para-brisa dianteiro do veículo, que espera apenas alguns segundos para que a cancela de passagem seja liberada. A instalação do 1º chip identificador, que não pode ser transferido para outro veículo, é grátis por 6 meses. Após essa data, o cliente passa a pagar uma taxa mensal de R$ 6,90, para ter direito ao serviço. O pagamento inicial é feito no ato da adesão, em dinheiro, cheque, cartão de crédito ou cheque eletrônico. O valor da passagem (R$ 2,60) é o mesmo cobrado na praça de pedágio.


A cobrança do pedágio começou dia 16 de abril, pelo posto instalado na antiga unidade da Polícia Rodoviária Estadual, Km 8 da Via Parafuso (BA-535). O chamado Sistema BA-093 também possui guichês nos quilômetros 8 da Via Cia/Aeroporto (BA-526) e BA-093 (Simões Filho). No Km 11 da Canal de Tráfego (BA-524) e no Km 44 da BA-093 (Mata de São João). A tarifação nos 121 quilômetros será administrada até 2036, pela Bahia Norte, empresa do Grupo Odebrecht, o mesmo que controla os postos de cobrança da estrada do Coco (BA-099), implantados em 2000.


Os preços variam de R$2,60, para automóvel, caminhonete e furgão, a R$ 23,80 para carretas com 9 eixos. Caminhonete com semi-reboque paga R$ 4,00, enquanto caminhão leve, caminhão, ônibus, trator e furgão pagam R$ 5,30. A tarifa para motos é de R$ 1,30. Joao Leite












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